sexta-feira, 23 de novembro de 2007

EAD também pode ser um tapa-buracos! Por que não?


Acho que meu potencial crítico é um tanto complexo. Muitas vezes eu digo uma coisa e as pessoas entendem outra. Não joguem tomates virtuais em mim! Entendam que eu tenho direito de pensar... e de pensar diferentemente de você ou do que se diz por aí!

Não sou uma pessoa polêmica e não gosto de aborrecer nem causar descontentamento em ninguém. É preciso entender que o nível das idéias é (ou pelo menos deveria) ser um campo de neutralidade! Neutralidade de quem escuta. Porque tudo que dizemos está impregnado de nossas concepções pessoais. E ninguém deve julgar as concepções alheias....você pensa assim, eu penso “asssado” e o consenso muitas vezes não existe. Nem deve existir!

Sobre EAD, eu tenho minhas opiniões, como tenho opiniões até sobre a criação do universo... vem um físico e pode me achar “ingênua”... vai ver que sou mesmo.... e daí? Não tenho obrigação de saber o que ele sabe e muito menos de acatar o que ele sabe! Essa liberdade de pensamento, também consiste em pensarmos de forma singular, num mundo cada vez mais plural!

Então, no meio acadêmico, onde todo mundo tem opinião sobre tudo, e defende suas opiniões como se elas fossem as únicas do pedaço, às vezes ficamos num fogo cruzado intelectual! Pra que isso? Eu não quero nem preciso provar nada pra ninguém...

Ninguém é o dono da razão, muito menos eu!

Tenho que aprender a dizer coisas de forma mais suave. De um jeito que as pessoas deglutam sem se entalar... Sei lá se um dia consigo fazer isso... mas acho bacana que algumas pessoas tenham essa capacidade!

Bom, repetindo o que disse hoje, Educação a Distância no meu ponto de vista, muitas vezes funciona com um “tapa-buracos”! Talvez seja uma expressão forte, mas as soluções em educação, e não apenas em EAD são muitas vezes “tapa-buracos mesmo! Não se pega a base e sim a ponta do ice-berg!

Não nego as vantagens, claro que tudo que soma é resultado! Acho fantástica a possibilidade de levar a mais pessoas uma graduação! Mas também concordo com José Manuel Moran ( http://www.eca.usp.br/prof/moran/avaliacao.htm) quando ele diz que: “Reconhecendo as inúmeras vantagens da educação a distância, continuo preocupado com os modelos da maioria dos cursos focados, tanto a distância como presenciais, mais no conteúdo do que na pesquisa; na leitura pronta mais do que na investigação e em projetos. O ensino superior, tanto no presencial como no a distância, reproduz, ainda, um modelo inadequado para a sociedade da informação e do conhecimento, onde nos encontramos.”


Bom, é isso... Um modelo inadequado soa muito interessante... um “tapa-buracos”, especialmente na formação de professores, talvez seja uma concepção forte demais!

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