sábado, 29 de outubro de 2011

Batendo na porta do seu sentimento


Eu queria um lugar no mundo
Onde ninguém me visse ou ouvisse
Um lugar de silêncios perenes
De onde você jamais saísse

Eu queria um espaço no teu peito
Ganho sem esforço ou trama
Um espaço pra você me cultivar com afeto
E não apenas dizer, mas sentir que me ama

Eu queria ser responsável
Por pelo menos um brilho no teu olhar
Ser sensível e passível
Um pássaro livre no teu céu, no teu ar...

Eu queria que você permitisse
Que eu jamais partisse
E que tudo que a gente fez ou disse
Fosse um espécie de elo que nos unisse...

Porque o tempo vai passando
O mundo mudando
As coisas revelando
Um ir e vir sem fim

E por mais que você procure alhures
Eu estou aqui tão perto
Se fores um alvo, eu te acerto
Se estiveres aberto
Peço licença pra entrar...

Salvador, 29/10/11 08:45h

Deveríamos cantar como o Kurt http://www.youtube.com/watch?v=aTz85xBAliE&feature=related

e dançar bem perto, com a versão do Zé

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=tC_elb9ieAk

Já pensou em como a mesma música não tem a mesma emoção?


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Facetas



Quem inventou a monogamia?



O ciúme, a posse, o rigor?



Quem estabeleceu o certo e o errado



Nos assuntos inacabados



Nos desejos indevidos



Nos mornos sonhos de amor?




Enfim, não sigo rotas



Eu tenho metas



E me perco muitas vezes



Não preciso me cobrar



Eu tenho mesmo muitas faces



Muitas fases



Muitas frases



E mil maneiras de me dar...






Salvador, 26/10/11 08h 25min

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nas dobras da dor no tempo



Mesmo a vida repleta de sonhos



Lugares e esperanças



Sinto que minha emoção dança



Num passo sem ritmo



Num espaço sem lastro



Em que corro na estrada com os pés descalços



Em que piso nas pedras que me ferem



Em que nasço e morro, me refaço



Mas em que me perco em desalinho e descontentamento...



Eu não sei lidar com tudo isso novamente



Eu não quero a dor de fugir de mim mesma e ficar ausente...






Estou admitindo minha impotência frente ao que pode ser uma fase apenas



Ou uma frase que me repugna e me condena



Usar da poesia pra descrever a dor sempre foi patente



Difícil é admitir essa fraqueza latente...






Não sou perfeita e cometo erros simplesmente



Não me culpo pois não posso voltar atrás no tempo...



Nem jogar pra cima a predisposição que lamento



Eu não sou árvore de pés presos ao chão



Eu sou folha que volita ao sabor do vento...






Quro muito estar inteira, completa e presente...



Mas só a gente sabe das perdas que temos



E dos ganhos que deixamos de ter



E dos risos e dores que fazem parte da gente...






E acaso essa dor faz sentido?



Não, está no limite do infindável



Nada a justifica nesse momento...



E eu preciso de uma força externa, um alento



Pra enterrar esse sentimendo nas dobras do tempo...






Salvador, 19/10/11 11:39 min