sábado, 29 de agosto de 2009

"Os Normais 2" e "Se beber, não case"

Ontem assisti Os Normais 2, que incrivelmente está simultaneamente em quatro salas no Multiplex Iguatemi! O filme é muito legal, dei boas risadas e a sala estava realtivamente ocupada. Fernanda Torres (Vani) é extremamente natural e convence mesmo. Já o Luis Fernando Guimarães (Rui) não atua tão bem quando ela. Na minha opinião, né? Mas no fim das contas, fica legal, pois os dois têm uma química legal. O texto é bom, embora algumas vezes tenha umas loucuras sem tanta graça. Acho que não dá pra faser rir o tempo inteiro em nenhum filme. Mas vale a pena...


A temática do "menage a trois" é interessante, embora usada apenas como pano de fundo pra dar "recheio" ao roteiro.

Vi também ontem "Se beber, não case." É interessante, faz rir e tem sempre uma sala cheia de brasileiros que muitas vezes ainda acham que o cinema nacional não presta. Destaque para Zach Galifianakis (o barbudo com livro na foto ao lado) que é responsável pelas cenas mais engraçadas.

Na quinta vi "Tempos de paz". Drama é drama, né? Arrepiei em uma das cenas, me emocionei em algumas outras, mas achei a linguagem muito de teatro mesmo. É o tipo de filme para quem gosta de relfetir. Tá bem feito, bem cuidado, com direção competente de Danel Filho, mas acredito que não vá atingir o grande público. Aliás, o cinema tem "temas" que são mais abraçados pelo público. As guerras têm feito grandes bilheterias, mas com cenas de guerra... A anistia, a ditadura, Vargas e a imigração estão costuradas na bainha do filme, que é bem didático e pode ser explorado em sala de aula de diferentes maneiras. Eu gostei e recomendo, porque cinema não pe só besteirol... A atuações estão centradas no Tony Ramos e no Stulbach, mas o próprio Daniel também atua. Vá ver e tire suas próprias conclusões!

No mais, estou revendo em sala "O leitor" na 7M2... Pensando bem, tem nus demais nesse filme, o que sempre gera um frisson com alguns alunos. Espero que a importância da leitura fique bem clara, afinal ninguém quis ver "O caçador de pipas". NA 8M2, em religião estamos vendo mitologia grega. Uma aluna perguntou se o pênis dos gregos é mesmo tão pequeno, já que nas esculturas é, segundo ela só tem "ovo". É cada coisa que sai em sala de aula!!! Bom, as esculturas gregas são muito fiéis anatomicamente, mas é possível que esteticamente não ficasse bonito órgãos grandes e se o nu hoje ainda gera polêmica, imaginem na época das esculturas? Ainda citei um papa que mandou posteriormente colocar uma folha de parreira nas esculturas do Vaticano... Se são ou se não são, eu relamente não sei... Você sabe?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Como me tornei professora...

A professora Cris D´Ávila, da disciplina "Docência do Ensino Superior" (FACED/ UFBA) solicitou que fizéssemos um relato de uma página demonstrando como nos tornamos professores.
Esse tipo de exercício é bem interessante, pois vamos relfetindo sobre a caminhada, os percalços e as coisas boas que a profissão docente nos traz.
Tá vendo essa mulherada toda na foto acima? Pois é, tias, primas e minha irmã, Mison, também professora de Biologia. A turma feminina da família gosta de estudar e temos uma matriarca (Mainha, minha avó) que foi quem me educou e muito contribuiu para que eu me tornasse a pessoa que sou.

Mainha me alfabetizou bem cedo. Aos quatro anos (1974) eu lia meu primemiro livro "A roupa Nova do Imperador" de Hans Christian Andersen e que eu achei o máximo. Esse livrinho foi comprado via Correios pela Editora Coquetel que também têm papel relevante na minha formação.

Tive uma professora que dava aulas na casa dela, lé em Ibimirim, interior de Pernambuco: D. Rosinha. Ela gostava muito de mim e como eu terminava minhas tarefas muito rápido, ganhava doce de leite (eu adoro até hoje!) ou de goiaba e podia dormir o resto da tarde na cama dela, enquanto os outros alunos passavam a tarde toda estudando. Era muito bom estudar... ATÉ QUE ELA DISSE QUE JÁ TINHA ENSINADO O QUE PODIA PARA MINHA IDADE... Aos cinco eu estava alfabetizadíssima e riscava toda tarde o chão do salão da nossa casa com giz que meus tios traziam pra mim... Não me aceitaram na primeira série. Desestimulante entrar em turmas onde as crianças ainda nao eram alfabetizadas. Me aceitaram com seis anos pra primeira série em 76. Hoje em dia é que vai se aceitar alunos dessa faixa, né?


Eu queria ser cantora e cantava em inglês ... Oh, eu não sabia inglês, mas inventava e enrolava e o pessoal do interior achava o máximo. Eu também queria ser astronauta...

Estudei a vida toda em escola pública, mas em Recife. A sétima e oitava série fiz em Ibimirim de novo. Era horrível, pois eu não tinha desafios! Ao concluir a oitava só havia dois caminhos em Ibimirim: Magistério ou Agropecuária. Não quis nenhum dos dois. Nunca quis ser professora primária! E nunca fui. Vim pra Salvador pra morar com minha mãe e estudei no Central. Aí fiz Análises Químicas. Eu tinha 14 anos.

Fui reprovada no primeiro ano em Física! Um abalo! Mas eu passei a sétima e oitava série sem um programa real de matemática. E já estava tão acostumada em não estudar pra passar que trouxe isso comigo... Não deu certo. Eu também fazia teatro, basquete e filava algumas aulas... Tinha uma liberdade até então impossível, pois com meus avós nem ao Grupo Jovem podia ir...

Aos 15 arranjei o primeiro namorado, que atualmente é assim como na foto ao lado. Na época ele tinha 20 anos e eu me apaixonei. Aos 16 eu "dei" né? Aí em três meses fazendo uma tabelinha (não aconselho a ninguém!) fiquei grávida de Al ( hoje com 22 anos).

Mamy é essa da foto com Al. Se formou em Jornalismo há alguns anos. Eu parei de estudar por um ano. Minha família ficou revoltada. Morei em Santo Amaro com os sogros...enfim, um sufoco danado. Ah, e ainda pra completar, veio Binho em seguida (eu ainda amamentava quando engravidei novamente). Bom, com todo sacrifício (pois nao morávamos na cidade de Santo Amaro e sim num povoado, a Pedra, que não tinha ensino médio) eu voltei a estudar pra terminar o ensino médio, que concluí com 18 anos. Al tinha 1 ano e 7 meses e Binho tinha 3 meses.

Me preocupava o meu destino। Como eu poderia alcançar os meus objetivos com 18 anos, dois filhos pequenos, um marido com um emprego pouco rentável e morando nos cofundós?

Fomos pra Recife e chegamos lá com uma mão na frente e a outra atrás e meus dois "DIPLOMAS" (na foto ao lado meu segundo "diploma": Binho, 20 anos) como Mainha dizia। Trabalhei voluntariamente numa Creche e vi que realmente não nasci pra professora de crianças! Fui pra parte administrativa। Estagiei em Laboratórios de Análises Clínicas sem ganhar nada... Fiz meu primeiro vestibular pra Medicina e não passei। O segundo pra Comunicação... me classifiquei mas não passei. Então, com 21 anos (1991) passei em Biologia numa faculdade particular em Olinda. Nessa época eu trabalhava em Laboratórios e estudava à noite. Não era aquela a formação que eu queria.


Fiz vestibular pra Licenciatura em Biologia na UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e quase não aproveitei nada dos dois anos anteriormente cursados. Era assim: de 7 às 12h colhendo sangue pro laboratório numa cidade chamada Camarigibe, de 13 às 17 eu era bolsista de iniciação científica no Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães em Recife. Às 18:30 estava na Rural e depois das 22h pegava meu buzu pra voltar pra Olinda, onde morava!



Ainda arranjei um estágio pra ensinar à noite e fui conciliando até quando deu. Quando saí do Centro de Pesquisas, estagiei em diversas escolas municipais e estaduais. Aprendi a ser o que sou na prática!!! Mas eu queria conquistar o meu lugar e sabia que o caminho era estudar e trabalhar... Até hoje ainda não estou no lugar que desejo...

Trabalhei como professora mesmo muito antes de me formar... Saí do Laboratório e fui professora de duas escolas particulares... Ia me formar em 1997.2 ( Biologia tinha duração de cinco anos na época), mas de tanto que consegui ir adiantando uma disciplina aqui outra acolá, terminei em 97.1. Já tinha feito o concurso aqui na Bahia...


Quando nos mudamos de volta pra Salvador, não foi decisão minha. Meu ex (Beu) queria voltar. Eu estava com dois empregos e ele sem nehum... Pedi demissão e viemos. Passei um ano segurando a barra da casa... Entrei no serrviço público estadual em 1998 e engatei uma pós na UFBA. Essa é uma parte de minha vida que é bastante complexa...
A minha primeira escola no Estado foi e ainda é a Jesus Cristo. Me tornei vice-diretora há cerca de 2,5 anos. Rosinha, a diretora, não é apenas uma colega de trabalho, é uma amigona do peito! A faceta da gestão também me atrai muito! Mas eu queria pagar as contas com mais folga e por isso fiz a seleção de substituta pro IFBA. Tou fazendo especialização em EJA, também aqui no IFBA buscando entender melhor esse segmento no qual atuo nas turmas de Infraestrutura Urbana.



Gosto de ensinar. Gosto de estudar. Me tornei professora porque precisva de uma profissão que pagasse minhas contas e me proporcionasse também prazer. O lado artístico eu deixei meio de lado... Mandei aos 14 anos uma fita pro Festival dos Festivais que não foi selecionada ... Se fosse, eu estaria aqui? Eu queria fazer intercâmbio... Eu queria não! Eu quero! Sempre pensei em seguir adiante nos estudos e buscar maior qualificação. Meu objetivo é fazer mestrado, doutorado, pós-doc ... Atrelado a essa carreira acadêmica também está o desejo de publicar meus poemas, fazer meu cd, lançar pelo menos os romances que acho mais significativos. Quando digo que "não tenho tempo" pra malhar por exemplo, é verdade! Meus dias são céleres e eu nunca faço uma coisa só... Acho que o fato de adorar esse corre-corre me predispõe a continuar assim...

Tenho um tempo pra ler, ir ao cinema, praia, dar e receber carinho aos familiares e amigos... E vou aprendendo... Porque ser professora é também estar com a alma aberta ao descobrimento... Ao encantamento e também á vida... com tudo que ela trás... Sou professora de Biologia, de Ciências e de Religião, oficialmente. Mas sou, acima de minha profissão, uma pessoa que gosta de partilhar, conhecer, descobrir, aprimorar... Por isso, acho que estou na profissão certa!

Bom, é claro que isso aqui poderia ser muito maior... A vida é cheia de detalhes...


Guel





sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Comemoração do Dia do Folclore

Pra quem não sabe, 22 de agosto é o dia do Folclore. Hoje (21) comemoramos o dia do Folclore aqui na Escola Jesus Cristo. A professora Dilza Rodrigues (Folclore) desenvolve um projeto cuja culminânica é a apresentação de Frevo, Samba de Roda e Balé Afro. O auditório estava lotado de alunos que aplaudiram com gosto as apresentações.





Olha eu aí entre os alunos que irão se apresentar!
Alguns dos professores da nossa escola: Clovis (Folclore), Lídia (Artes) Graça (Inglês), Fábio (Geografia) Andréia (Português) e Samantha (Ciências).






Acho muito importante o trabalho que a Professora Dilza desenvolve. São ensaios, venda de picolé para arrecadar dinheiro pras roupas, adereços e instrumentos, esforço e muita, muita boa vontade. Já tivemos em outros anos apresentações de Bumba-meu-boi e também dos Orixás.
Ah, é muito legal assistir nossos alunos em atividades desse tipo! Valeu Dilza! Parabéns!




As meninas da 7ª V2 e o Frevo!
Eu avisei: "Sou pernambucana! Conheço o frevo! Caprichem!"
Bom, é isso! Tou virando "repórter fotográfica" da minha escola, repararam?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O que acontece na nossa Escola

Esta é a Semana de comemorações do Dia do Estudante. Os professores de Educação Física ( Érico, Philippe e Fábio) organizaram um Torneio no Ginásio de Esportes daqui da Mansão do Caminho, onde a Escola Jesus Cristo funciona.

Essa foto aí do lado é do lago, bem pertinho do Ginásio. Na segunda foto, dá pra ver os peixes. Lindos!
Especialmente o peixe laranja! Ah, as fotos que estão nessa postagem são todas de minha autoria.
Infelizmente a máquina não é muito "potente" e o espaço é escuro, daí que algumas fotos não estão muito boas. Olha eu aí, com meus inseparáveis óculos de sol!


Também estou postando as fotos do dia do FACE (Festival da Canção Estudantil) e do TAL (Tempo de Artes Literárias), duas boas idéias da SEC que fomentam o exercício da arte na escola.

Na foto ao lado, Deise da 8M1, que se classificou para a segunda fase com o poema "Mudança". O auditório estava lotado de alunos torcendo pelas suas músicas e poemas preferidos.
Essas duas alunas

(Marina Gabriela e Jadilian, da 7V1) venceram o FACE com uma canção que fica na cabeça da gente: "Nosso amor tudo pode". Essa foto foi num dos muitos lugares bonitos da Mansão...














Bom, além de tudo isso ocorrendo na escola, temos também a presença da equipe da FIOCRUZ com o projeto "Ciência na Estrada: Educação e Cidadania". Vou tirar umas fotos e amanhã eu posto, combinado?
Guel