segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mercy Street e o Vampiro Waldy

Eu ouvia com meus fones de ouvido "Mercy Street" do Peter Gabriel e me sentia enlevada. Na rua escura via um vulto alto, vindo em minha direção. Passva de cinco da manhã e o fato de eu morar ali me fazia confiar em todas as ruas. Geralmente não temos medo de andar no nosso bairro. E o meu não é nada perigoso. Mas o que é e o que não é perigoso nessas capitais?

Cada vez mais próximos e em sentidos contrários a gente ia se aproximando. O vulto foi se aproxiando e fatalmente iríamos passar frente à frente.

Quando ficamos a cerca de 50 cm um do outro eu pude reparar melhor no cara. Ele vestia uma capa preta e parecia ter vindo de uma Festa à Fantasia. Ele tinha um cabelo bem escuro, liso, espetado e relativamente curto. A pele era super branca e eu achei que fosse a maquiagem da "fantasia". Os olhos eram de um verde esmeralda faiscante. Esse efeito "faiscante" eu nem sabia que já estava à venda e até pensei : "Esse cara caprichou nos detalhes... Agora só falta ele me paquerar e morder meu pescoço!".

Paramos frente a frente. A música acabou bem na hora e entrou na lista do meu celular o A-ha... O sol dava indícios de surgir e o estranho, ali parado na minha frente sem dizer uma palavra parecia ter uma grande urgência...

- Tudo bem? (Perguntei quebrando o gelo)
- Tudo sim... (Disse ele estendendo a mão gelada e me penetrando com seu olhar faiscante.)
- Tá fria sua mão...
- E tá quente a sua... Aliás, você emana uma espécie de calor incrível, sabia?
- Não, não sabia. Já ouvi todo tipo de cantada, mas acho que essa sua supera tudo!
Ele sorriu enigmático, e ainda segurando minha mão foi se aproximando... se aproximando... Nisso apareceu um policial não sei de onde. Acho que tava tão hipnotizada pelo cara fantasiado de Conde Drácula que nem vi o tal policial. E esse tal policial não tinha nada a ver com os policiais baianos. Primeiro que ele era ruivo e ruivos por aqui são raridades. Tinha cerca de 2 metros de altura, careca, cavanhaque e emanava um perfume encantador. O policial também parou na minha frente, ao lado do Vampiro. E eu pensei : "É hoje que tiro a barriga da miséria!" Mas aí eu já não sabia qual dos dois era mais interessante e atraente... Os dois! Oh, confusão!

O policial, rapidamente tirou umas algemas estanhas, muito mais grossas do que as que geralmente se usa por aqui. Numa fração de segundos prendeu o Vampiro. E ele protestou!

- Você não tem o direito de me prender! Não estamos sendo procurados aqui! (Mas aí ficou calado, de costas pra nós.)
- Você infrigiu sua condicional! Não pode se aproximar dela e sabe disso!
- Como assim? Eu nunca vi esse cara antes... Que história é essa? Acabei de conhecer! Quem é ele afinal?
- Um de seus muitos "maridos"... Não lembra?
- Que maluqiece é essa? Vocês tão loucos? Usaram drogas? Já sei, você veio da mesma Festa à Fantasia que ele. Esse seu uniforme não tem nada do verdadeiro uniforme da polícia daqui...
- Exatamente, Goo-hel... Esse uniforme é da Polícia Transplanetária e esse indivíduo aqui estava prestes a te sequestrar!
- Vocês são muito criativos! Muito legal essa encenação toda! Mas tá amanhecendo e eu preciso ir. Valeu pela "pegadinha"... As fantasias estão perfeitas. Onde alugaram? Preciso de uma fantasia de Cleópatra pra uma festa daqui a uns dias! E como você sabe meu nome, senhor policial intergalático?
- Todos sabem onde você está... Seu disfarce expirou... Precisamos falar a respeito disso...
- Meu disfarce? Estou disfarçada também? Que massa! A propósito, estou disfarçada de que? De pobre coitada professora trabalhadora? Porque tá muito duro pagar minhas contas, viu? Quero um disfarce de Magnata, tá?
- Não... Você está disfarçada de humana... Terráquea...
- Acho que eu bebi muito essa noite... Toda essa conversa louca me parece divertida... Mas não é melhor soltar seu amigo... Ele parece que não tá curtindo muito...Olha só como está imóvel... Fala aí Conde Drácula de araque!
- No momento que coloquei as algemas ele foi teletransportado para nossa prisão flutuante... Observe... ( E virou o cara para nós)
Aí eu acho que tive uma alucnação! Das brabas! Quer dizer, eu nunca tive uma alucinação! Nunca usei nada ilegal. Mas já tinha lido a respeito. E fiquei muito supresa em perceber que o charmoso cara fantasiado de vampiro era agora tipo um holograma. Imóvel e transparente. E o ruivo estonteante acionou um botão na algemaa e o cara sumiu... Assim, do nada! Oxe! O sol foi saindo...com seus raios cor de rosa bem choque!

Antes que eu falasse qualquer coisa o ruivo meio que tentou me hipnotizar. Disse pra eu esquecer o que vi e ir pra casa como se nada tivesse aconetecido e ao acordar acreditar que tive um sonho enigmático com aquela situação. Me acompanhou até em casa. Entrou no meu prédio e tudo. E eu levando o estranho para casa na maior... Ainda meio confusa. Entramos no meu apartamento. Fiquei muito chateada pensando em como deveria ter ido fazer depilação naquela semana... Mas enfim...

- Você não obedeceu meu comando hipnótico! O que está acontecendo com você?
- Boa pergunta! Que balela é essa? Eu nem preciso achar que isso é um sonho, porque tá na cara que é... Me explica isso direito. Aliás, você deve ter um nome. E já que está aqui na minha casa, sente-se! Fique à vontade e aceite um drink...
- Meu nome é Omy...
- Por que isso não me soa estranho??? Omy...Omy... Omy... Ah, claro! Eu criei você numa de minhas histórias. Que viagem! Estou sonhando com meu personagem... Será que colocaram alguma coisa na minha bebida lá na festa? Eu acho que tou viajando!
- Presta atenção! Você está começando a recobrar sua memória. Também consegue ver a nós. Em breve vai acessar sua história...E você já está atuando na sua missão. Mas não era para era pra ser assim...
- Tá... Sirva-se de alguma coisa ali ó...vou rapidinho banheiro...

Por mais louco que o cara paecesse, ele era a cara de meu personagem. E eu não posso ter medo de meus próprios personagens quando eles me aparecem, seja sonho ou não. Fui ao banheiro, peguei o barbeador... Me depilei... lavei... saí do banheiro e sabe o que vi?

Conto outra hora. Meu colega de tabalho que me dá carona tá de saída! Preciso ir!

Liberdade

Vivemos sob tantas regras
Padrões
Situações
Impostas pela mais valia
E a utopia
Sem as soluções
Parecem mãos vazias
E eu nos meus dias
Ando por aí...

Eu gosto de sair ao sabor do vento
Com o pensamento
De que sei o que fazer
Eu gosto de sentir a claridade
E a liberdade
De poder escolher

Ás vezes eu me descontento
Com tanto momento
Que não fui tão eu
Agora ninguém me comanda
E se a gente anda
Com os próprios pés
Tem nais é que fazer escolhas
Sejam elas boas
Ou más...
Ou nem tanto assim

Viver não é um sacrifício
Ser feliz é meu vício
E eu nem quero saber
De dor, angústia ou sofrimento
Nesse meu momento
Eu só quero abrir minhas asas ao sol
E deixar crescer assim

O que eu perceber
Que é bom pra mim

Salvador, 25/11/13 12:04h

PS - Essa minha foto por exemplo... Muita gente pode considerar que eu tenha um rótulo quanto à minha sexualidade. Mas e daí? O que importa a opinião dos outros? Alguém por acaso paga minhas contas? Eu gostei de "Quais são seus pecados?" No meu caso, não há pecados! PECADOS NÃO EXISTEM! Pelo menos não existem para quem não acredita neles!


domingo, 29 de setembro de 2013

A fragrância de Alther

Capítulo I

Eu mexia no cadeirão sobre a fogueira. Coloquei almíscar, jasmim, casca de bergamota, pra ficar refrescante... Um pouco de álcool de frutas... um pouco de fixador... Pensei em algo bem triste e joguei na poção uma lágrima sincera... Também lembrei de alguns homens que me fizeram rir e joguei esses sorrisos lá... Mexi, mexi.. Ficou meio forte... adicionei água da última chuva. Aquela chuva me trazia boas lembranças, pois eu ainda podia sentir os pingos caindo no meu rosto... A fragrância foi ficando melhor, mas ainda não inspirava o que eu queria...

Estava tão entertida fazendo minha fragrância que nem vi que estava sendo observada... me assustei!

- Você precisa disso pra atingir seu objetivo! (Disse o estranho, envolto numa grande túnica preta. Capa preta também.)
- Quem é você? Como chegou até aqui?
Antes que ele respondesse, minha gata Pandora apareceu e ficou se esfregando na perna dele e miando... Bom sinal?

- Você me chamou!
- É mesmo? Como?
- Você está criando a fragrância "Amulhetum" e precisa de ingredientes além dos que já tem. Tome, aceite e veja como fica!

Eu fiquei meio acabrunhada um tempo. Uma coisa é acreditarmos num monte de coisas, outra é surgir uma pessoa querendo facilitar as coisas pra você. Nunca me acostumei a isso.

- Pode me dizer seu nome pelo menos?
- Importa?
- Claro que importa! Seu nome, de onde veio, o que quer aqui...

Ele deu três passos, abriu o saquinho que continha uma espécie de vidrinho azul... Abriu e jogou o conteúdo igualmente azul no caldeirão.
Eu fiquei meio petrificada... Mas imediatamente o caldeirão emitiu uma luz azul clara linda... Fiquei olhando aquele fenômeno... Peguei a concha... Os vários litros que eu cozinhava de repente viraram pouco menos que uma concha. O estranho me ofereceu 4 vidrinhos muito decorados e com o funil eu coloquei a fragrância neles.

Ele pegou um dos frascos e disse:

- Posso ficar com esse de recordação?
- Pode...claro...Você trouxe a essência que eu tanta precisava. Mas eu acho muito complicado que surja do nada assim... Eu não deveria confiar em você!
- E por que não, moça?
- Os homens não são confiáveis!!!!
- As mulheres são?

Antes que eu respondesse ele borrifou o perfume em mim. Não sei descrever ao certo o que houve, mas eu o enxergava melhor agora. Quando ele chegou, achei-o meio velho e encarquilhado. Depois do perfume, achei que ele era interessante e até mesmo jovem! Que coisa estranha. E os olhos dele faiscavam... E me senti um passarinho querendo se aconchegar no ninho. O estranho veio por trás de mim e me abraçou. Eu fiquei parada. Deu vontade de correr, mas eu estava paralisada. Mas também deu vontade de ficar... Ele sussurrou no meu ouvido e até sua voz era melodiosa agora...

- Confia em mim, moça?
- Confio...
- O que queres agora?

Eu reuni todas forças possíveis, porque estava prestes a dizer bobagens.

- Quero que me esclareça sobre como veio parar aqui, seus verdadeiros objetivos e porque veio me ajudar.

Ele se afastou de mim, me encarou de frente. Riscou no chão uma linha e deu três passos para trás.

- Eu estou a três passos de você. Venha até mim se quiser obter respostas.
- Por que tanto mistério? Porque você não me diz logo que ia passando e foi atraído pelo cheiro da poção? Por que não diz logo que jogou  seu melhor perfume no caldeirão e que já tinha os frascos porque é um mascate ou algo parecido... Porque não fala de uma vez seu nome?

Ele levou a mão a boca e fez um sinal de silêncio. Me olhou profundamente. Deu um grande suspiro e disse:
- Por que temer o desconhecido? Por que temer os homens? Por que tantos por quês? São três passos... Apenas isso...

Resoluta dei os três passos sem vacilar. Ele abriu um grande sorriso e disse:

- Eu sabia que você viria. Sua iniciação começou. Arrume suas coisas. Você vai agora para Alther!
- Você é o enviado de Alther? Eu nem esperava mais resposta. Achei que não tinha realizado a invocação correta...
- Você foi aceita. Parabéns! Para sua segurança e para a de muitos de nossos aspirantes a iniciados, você precisará usar essa fragrância todos os dias!
- Por que? E se eu esquecer de usar o que acontece?
- Não sei se você sabe, Alther conta atualmente  com 72 homens e nenhuma mulher...
- Não há mulheres em Alther? Por que?
- Há anos as últimas iniciadas foram realizar suas vivencias pelo mundo e não enviaram novas candidatas. Há anos o Conselho não aprova também nenhuma invocação.
- Há anos ninguém lá vê uma mulher? Não sei se meu lugar é em Alther...
- Sua fragrância inspira amizade, moça. Não haverá nenhum perigo. Não deixe de fazer o que é necessário devido aos seus temores injustificados.
- Não se trata de medo. Eu não tenho medo e muito menos temo os homens. Você me ajuda arrumar minhas coisas?
- Ajudo, mas leve apenas o necessário para a viagem. Lá você vai receber tudo o que precisa. Há muitas regras a serem seguidas, horários a serem cumpridas...
- Já entendi... DISCIPLINA!  Odeio disciplina!
- Mas precisa ter...
- Posso levar Pandora?
- Por que você tem um animal?
- Gosto dela... faz companhia... uma série de coisas.
- Você precisa deixar muita coisa para trás. Suas roupas, sua casa, sua família, seus amigos e sua gata!
Mas você terá tudo que precisa lá...
- Começo a achar que Alther não é pra mim...
- Na verdade, começas a achar que não vives sem suas coisas. Despegue-se!
- Assim, só porque você está dizendo?
- Você deu três passos em direção a mim. Pode voltar se quiser... Sua aceitação não implica em que tenha que ir agora. Pode ser daqui a dias, semanas anos ou milênios...
- Você está lá há muito tempo?
- Sim... mais do que você pode imaginar...
- Eu vou! E vou logo com você. Adiar as escolhas não é bom. O que digo à minha mãe?
- A verdade... sempre!
- Não posso dizer que vou a um mosteiro que só tem homens! E se ela vir você acho que vai ficar temerosa... receosa...
- Sua mãe me conhece. Ela aprova sua ida e até gostaria de ir com você, mas não foi aceita.
- Sério? Vocês não são um pouco "fechados" demais? Minha mãe é boa também. Tem grandes dons.
- Sabemos disso. Mas muitos tem dons... Não é suficiente...
- Minha mãe te conhece de onde?
- É uma longa história... Vá buscar suas coisas e escreva uma carta à sua mãe. Não se
despeça de mais ninguém.
- E minha gata?
- Os gatos sabem sobreviver em condições adversas...
- Você é meio cruel, não?
- Suas impressões são as suas impressões... Nada posso fazer... Vamos?
- E vamos como?
- Primeiro faça o que disse.

Entrei em casa. Peguei algumas roupas, alguns objetos, fiz uma carta para minha mãe e citei alguns amigos. Botei um pouco mais de comida para Pandora. Peguei alguns mantimentos. Quando vi, estava com três volumes!

- Estou pronta!
- Não, não está. Um volume apenas! Pra que tantas coisas desnecessárias?
- Como assim "desnecessárias"?
- Você tem algum problema com autoridade, moça? Com regras e obediência?
- Se não tivesse não iria pra Alther me educar... Domar meus instintos e aumentar meu conhecimento. Mas você é muito mandão! Quem é você lá no mosteiro? O que faz?
- Limpo as pedras.. catalogo...burilo...
- Ah, você e um artesão? Um ouvires?
- Lido com coisas preciosas.
- E lá em Alther vocês usam jóias?
- Não exatamente... Você é muito curiosa. Seus primeiros dias serão fazendo um voto de silêncio...
- Aí já é demais! Não consigo ficar sem falar!
- Consegue sim. Tudo é possível quando desejamos. (Tirou algo do bolso, algo como um relógio prateado, não vi direito.) Pensando bem, deixe tudo. Vamos!? Perdemos muito tempo.

Me pegou pela mão do jeito que eu estava. Apagou a fogueira do caldeirão. Pegou os  frascos de perfume numa mesa próxima. Borrifou em mim novamente. Subiu no cavalo. Me ajudou a subir na garupa e saímos galopando. Chegamos na Cachoeira.

- Entre na água!
- Não tenho roupa adequada. Você não me deixou trazer nada, lembra?
- Tire a roupa e nade até aquele paredão.
- Eu não vou tirar minha roupa! Que absurdo! Vou me queixar aos seus superiores, viu?
- Não quero ver seu corpo, moça! Para se chegar a Alther precisamos atravessar a cachoeira. Não podemos levar nossas roupas...
- Então porque me deixou arrumar três bolsas de roupas?
- Íamos tomar outro caminho. Tive a informação que por aqui seria possível. É melhor e mais rápido. Não tinha certeza também que o portal estaria aberto. Vejo que está... Tire a roupa. Ficarei de costas. Nade até o paredão...
- Já sei, já sei...Não olhe...

Eu começava a achar que tinha me metido numa tremenda confusão e que a cada minuto que passava ficava pior. Eu não desconfiava muito do velho, mas desconfiava um pouco. Achava que poderia derrubá-lo facilmente, caso ele tivesse a ousadia de tentar algo contra mim. Por mais que eu adore tomar banho de cachoeira, tirar a roupa ali era demais. E esse tal portal? Como seria? Eu já havia lido sobre Alther e ouvi muitas histórias... Mas uma coisa é que o vemos e ouvimos e outra é a criatura ali te ordenando o tempo todo! Tirei a roupa rápido e mergulhei na água. Nadei até o paredão. Fiquei por trás dá água que caía forte na queda d´água. Estava gelada e eu comecei a tremer. O velho tirou a roupa, mergulhou e lógico que fiquei olhando para ele. Ele nadava muito rápido. Chegou ao paredão e fiquei tentando olhar nos olhos dele. Observei que ele não era velho. Deveria ter uns quarenta nos no máximo. E não era curvo como antes. Ele me pegou pela mão e disse:

- Está com frio?
- Sim, muito.

Ele não estava totalmente nu. Tinha uma espécie de bolsa. Dela tirou um dos frascos de perfume e borrifou em mim. Imediatamente me senti aquecida e vestida. Não me sentia mais envergonhada de estar nua.

- E agora?
- Sinto bem. Perdi a vergonha de estar nua também.
- Você não está nua, veja!

Me olhei na água e realmente estava vestida. Uma roupa linha e deslumbrante.

- O que havia no perfume que você despejou no meu? Alguma substância que causa alucinações? Não apenas estou me vendo vestida, mas estou me sentindo vestida.
- Aquela essência pode tudo... Mas não é alucinógena. Tome (e me deu o frasco), borrife em mim.

Pensei porque ele mesmo não se borrifava, mas não era nada demais obedecer e borrifei o perfume nele. Aí é que a ilusão ficou maior. Ele ficou vestido também. Bom, eu estava indo para Alther, não podia ficar descrente das sensações de um perfume que fiz com a intenção de atrair o amor.

Ele me conduziu pra debaixo da cachoeira. Ao atravessar uma cortina de água brilhante e azulada, chegamos instantaneamente a Alther. Lindo lugar. Andamos alguns metros saindo de uma cachoeira. A primeira coisa que vi foi um grupo de jovens plantando. ELES ESTAVAM NUS! Olhei pra mim e me sentia nua novamente. Cobri o corpo com as mãos. Ele...como é mesmo o nome dele?

- Meu nome é Aquos...
- Eu estava nua esse tempo todo?
- Como se sentia?
- Vestida!
- E o que interessa pra você é sentir ou estar?
- Eu gostaria de estar e de me sentir vestida também! Mesmo que fosse uma comunidade de mulheres.
- Você precisa aprender a ficar bem com seu próprio corpo. Nascemos nus... Como me vê agora?
- Você está nu...
- Conseguirá se acostumar com isso...
- Você me parece mais jovem agora... quantos anos tem?
- 37 milênios...
- Me parecem no máximo quarenta anos...
- Dá no mesmo... Chegamos...

Fiquei encantada com o que me pareceu m templo de pedra... Magnífico, imponente e belo. Muito belo.

- Que lugar lindo!  É o templo de vocês?
- Não temos templos. Essa é a minha casa. E sua enquanto estiver aqui.
- Sua casa? Como assim? Há outras "casas" como essa? Como podem viver nus e morar em construções como essas?
- Nós não vivemos nus. Você nos enxerga nus, é diferente. E essa sua preocupação com seu corpo lhe deixa desnuda. Olhe direito, eu não estou nu.

Olhei, olhei...

- Você está completamente nu...Fora essa sua bolsa aí... Mas já começo a me acostumar.
- Você é mesmo teimosa. Vamos, entre.

O interior da casa era no mínimo contrastante com o exterior. As coisas tinham linhas retas, pareciam de prata e não havia uma lareira. Nunca tinha nem sonhado com algo igual.

- Não faz frio aqui. E nem calor. Controlamos a temperatura.
- Com seus poderes mágicos?
- Não, com isso aqui. Chama-se "controle remoto".

Ele me mostrou um pequeno dispositivo com vários botões...

- Preciso que antes de mais nada, assista a uma coisa.
- Um ritual?
- Não. Preciso que assista a uma história...

Nisso entrou um outro homem, vestido, semblante um tanto grave.

- Seja muto bem-vinda minha querida!

E beijou minhas mãos. Gostei imediatamente dele. Me dava a impressão de já tê-lo conhecido.

- Obrigado senhor! Eu sou...
- Sei quem você é. Eu sou Menthos... Venha, lhe mostrarei seus aposentos... Lhe darei algumas roupas que ficaram das nossas antigas iniciadas...

Fiquei vermelha só de pensar se ele me via nua.

- Eu estou nua?

Menthos olhou-me longamente. Com aquele ar paternal me disse com sua voz terna e suave:

- Você já esteve doente, não é?
- Sim, algumas vezes.
- Lembra-se do curandeiro que examinou seu corpo da última vez?
- Sim, ele olhou meu corpo todo, pois ninguém sabia o que eu tinha.
- Pois bem, esse curandeiro procurava em seu corpo vestígios que indicassem a doença. Ele não olhava você como uma mulher, mas como uma pessoa doente que pecisava de ajuda, percebe?
- Compreendo...
- Aceite que ninguém aqui está olhando para você como mulher... Mas como uma irmã,uma companheira de jornada... Siga-me...

Aquos me olhou e me senti terrivelmente nua. Eu olhei pros dois e vi que estavam vestidos.  Depois do primeiro dia eu me sentia vestida para todos, menos para Aquos e isso foi uma das coisas que mais me incomodou de início.

Segui Menthos. Meu quarto tinha vista para o jardim e o lago. Era tudo muito diferente e cheio de espelhos. E todos eles revelaram o que eu mais temia. Eu estava nua...


sábado, 28 de setembro de 2013

Operação Sapiens


Operação Sapiens


Introdução: Em pleno século 21, precisamente no ano de 2013, os avanços tecnológicos da sociedade terráquea ainda é pouco desenvolvido em relação ao seu potencial e ao seu estágio evolutivo. A qualidade de vida dos terráqueos ainda é precária para uma grande parte da população e problemas como a fome, doenças e guerras civis são presentes e vários pontos do planeta. É preciso localizar todos os “Agentes Sapiens” encarnados na Terra com a missão de melhorar e solucionar os problemas existentes, pois um grande cataclisma virá e destruirá o planeta, fazendo com que ele volte às suas origens, caso ele não se regenere em 30 anos. O cataclisma, previsto acertadamente para 2012 não aconteceu devido a altas negociações entre os representantes dos reinos Anima e dos Plantus, seres acima dos mortais. A cúpula que decidiu pelo adiamento contou com a presença do representante mor dos Sapiens, o “Imemorial” Menthos, dentre outros seres.

Os Sapiens que vivem na Terra se agrupam em diversos países e formam equipes distintas, geralmente com uma finalidade específica. Goo-hel, originária de Orion é uma Sapiens e não sabia do seu passado, como  a maioria dos encarnados. Ao nascermos na Terra, esquecemos nossas vidas anteriores para melhor avançarmos e evoluirmos. Nossa “bagagem”, fruto das experiências ao longo dos séculos fica armazenada em nossos arquivos mentais, mas não de forma detalhada.

No dia em que teve um longo sonho que mostrava o destino da Terra e a necessidade de sua intervenção, ela acorda com a sensação de que as coisas tem um sentido diferente do que percebia até então. Na conversa que teve com Menthos em seu sonho, ela disse acreditar ser possível mudar definitivamente o destino do planeta sem precisar recomeçá-lo. Que com ajuda dos Imemoriais e de todos os que desejassem cooperar, os 30 anos de prazo seriam suficientes para colocar o planeta no rumo correto.

Menthos mostra para ela os caminhos “Y” e “H” e explana sobre a diferença entre eles, mas ela não lembra ao acordar o que exatamente é isso.  Ela recebe carta branca para suas ações e vai formar, treinar e coordenar a “Equipe Solaris”.

Devido a grande importância do Brasil nesses eventos, é lá que grande parte de sua equipe nasceu e continua nascendo a partir de 1970. Embora existam outras equipes espalhadas pelo mundo, Solaris se conecta a eles, porém tem maior autonomia, visto que sua líder não segue exatamente as regras. Enquanto os habitantes de Orion destacados para liderar esse tipo de missão vieram diretamente de Orion, Goo-hel nasceu na Terra e num corpo quase que completamente humano. Ela não se desvincula das emoções e sofre as influências tanto dos Plasmuns, dos Bions e dos Psichos. Esses seres são incorpóreos atualmente, circulam no planeta e apesar de não poderem agir diretamente sobre as pessoas, fatos e acontecimentos, atuam no plano da influenciação, sugestão, inspiração ou coginição. Os Plasmus e os Bions agem ara o bem, enquanto que os Psichs, agem para o mal.

Os agentes Sapiens de Orion estavam em vários pontos das galáxias e foram convocados para supervisionar as Equipes Terrium, Aquos, Fogus e Arius. A quinta equipe, Solaris segue a seguinte hierarquia:

Operação Sapiens

Supervisão : Imemorial Menthos

Coordenação Orion : Omy

Coordenação Equipes Terra: Terrium (Lider Teta, África), Aqua (Líder Aquos Rarus, Europa e Américas), Fogus (Líder Beta, Ásia), Arius (Líder Alfa, Oceania)

Coordenação Brasil: Equipe Solaris Goo-hel

Várias equipes de agentes atuam nos mais diversos segmentos buscando evitar a desintegração do planeta e não medem esforços para contribuir com os avanços necessários, no entanto há vários líderes que tem interesse na destruição da Terra, visto que eles podem viajar no Tempo/Espaço e não serão afetados pela destruição. A Equipe Solaris recebe carta branca para convocar a equipe mais capacitada de agentes Sapiens para lidar com um grupo de rebeldes oriundo de vários planetas. O maior problema é que a maioria dos agentes Solaris são pessoas comuns, que não conhecem seu passado, não lembram de seus poderes e por isso precisarão ser encontrados, treinados e enviados em pequenas missões até o dia do confronto final entre todas as equipes Sapiens e os Nexus, que serão ou não aliados dos Theorium.

Os “Agentes Theorium”, espalhados nos mais diversos segmentos, especialmente os religiosos, tecnológicos e científicos, não querem o avanço da Terra pois aqui eles são dominantes e se o planeta avançar, eles perdem seu poder e influência sobre as pessoas. Se o planeta tiver mesmo que ser “reiniciado” eles precisarão migrar novamente para outro mundo. Por outro lado, um de seus principais líderes, o venusiano Eqqus Bront, já foi um Agente Sapiens e portanto conhece a filosofia desta equipe. Trazer Eqqus para o lado dos defensores da Terra é uma das missões da Equipe Solaris.

Os “Agentes Nexus” são os grandes mentores da guerra, dos ódios raciais, dos preconceitos e demais mazelas humanas, especialmente o orgulho e o egoísmo. Esta equipe não tem laços afetivos com o Planeta e diferentemente dos demais, que já viveram outras vidas sobre a Terra, eles não tem um corpo humano. Já foram grandes governantes e tidos como deuses em diferentes culturas no passado. Devido à sua alta capacidade tecnológica e científica, podem realizar os mais complexos procedimentos e infelizmente usam esse conhecimento para disseminar o mal. São eles os criadores das doenças, a partir de manipulação gênica, por exemplo. Seus líderes são os irmãos venusianos Aurus Taurus e Binus Librus.

 Manipulando dinheiro, religião e uma equipe cibernética, esses irmãos conseguem atrasar o avanço do planeta e a estratégia para vencê-los é o principal objetivo da Equipe Solaris. Um dos agentes Nexus, Carius Cuprium não deseja mais migrar, pois está bem adaptado à Terra. Ele deseja apenas que vivam as pessoas com talento artístico, pois acredita que eles são os “escolhidos”. Devido a esta singularidade, Goo-hel tentará usá-lo a favor dos propósitos da Solaris.

O grande problema deste pequeno grupo exilado aqui, é que eles também tem um tempo de vida. Enquanto que um terráqueo pode viver no máximo 120 anos, um venusiano pode viver 40 mil anos. Alguns desses seres estão ficando velhos e não encontraram um alimento melhor do que as emanações de ódio, terror e outros sentimentos negativos para se nutrir. Se forem capturados, sabem que morrerão nas prisões superiores e eles não querem morrer. A terra tem um bioplasma potencial para que eles retardem ou eliminem a sua morte, mas eles não sabem como encontrar essa substância. Um dos motivos da perseguição dos irmãos venusianos a Goo-hel é porque no seu “Livro da Vida” está informação está descrita.

Todos os eventos são supervisionados pelos responsáveis no plano sutil. Nós não vemos esses personagens, mas sabemos de suas ações e seus desígnios.

Um dos antigos parceiros de jornada, Omy, traz o “Livro da Vida” e o presenteia a Goo-hel. É através do livro que ela conhece suas origens e as histórias de seus amigos. Com o Livro ela planeja suas ações e viagens no tempo. O livro também é uma espécie de diário, onde ela relatou os episódios de suas muitas vidas. Sempre que necessário, ela escreve perguntas e o livro mostra a resposta. Conseguir esse livro é propósito de vários seres, no entanto toda vez que Goo-hel o escreve ou consulta uma barreira de proteção se estabelece, emanada do próprio livro. Atravessar essa barreira ainda é impossível aqui na Terra. Se o planeta reiniciar, os Nexus podem rastrear Goo-hel e finalmente quebrar a barriera de roteção, que é inerente a este planeta apenas.

Todos os Solaris são capazes de no sonho se libertarem de seus corpos e atingirem planos elevados. Eles recebem instruções maiores e acessam seus dons dessa forma. Por meio de regressão de memória eles serão atualizados sobre suas existências. São utilizados chips para que conhecimentos ou habilidades amplas sejam adquiridos em tempo mínimo. As faculdades mentais de transmissão de pensamento e “plasmagem” são bem desenvolvidas em alguns membros da equipe. Apesar de não terem super poderes, como os irmãos Netunienses Psy e Sigma, por exemplo, os Solaris são movidos pelo amor que devotam às suas famílias e aos seus amigos e o desejo de viver aqui. Nenhum Solaris deseja perder esses elos e caso a Terra não se salve, cada pessoa irá para diferentes dimensões e planetas, de acordo com sua evolução. Reiniciar a Terra, para a maioria do Solaris seria se desvincular de muitos dos afetos construídos aqui.

Ponto de Virada 1 – O planeta sofrerá um grande cataclisma que já foi adiado uma vez. Um planeta, chamado “Elenin” se aproxima da Terra e se chocará em 30 anos. Caso as mudanças necessárias ao crescimento e melhoria das pessoas no planeta ocorram, a rota do Elenin será novamente desviada e a Terra seguirá seu curso de evolução. Todos os que estiverem atrasando o planeta morrerão de forma natural, a partir de um vírus que só se manifesta nos que tem características específicas. Essas pessoas se prepararão para serem reencarnados em novas orbes. Os extraterrestres que estiverem aqui também morrerão de forma natural, a partir do mesmo vírus, pois eles estão sujeitos a todos os eventos biológicos que os humanos tem, com o diferencial que seu tempo de vida é muito maior e sua tecnologia é muito mais avançada. Mas eles também são mortais.

Ponto de Virada 2 – Existem dois grupos que trabalham fisicamente contra a evolução do Planeta, os Theorium e os terríveis Nexus. A missão da Equipe Solaris é trazer alguns desses líderes para  seu lado e juntos confrontarem os demais. Prender e entregar para instâncias superiores os rebeldes é o principal objetivo nesta fase da história.

Ponto de virada 3 – Enquanto que os Theorium e os Nexus sabem de sua origem, seus poderes por estarem sob o efeito de nossa gravidade e dominarm várias tecnologias, os Solaris precisam ser lembrados de sua condição, pois por estarem encarnados na Terra, não lembram de suas vidas anteriores.

Ponto de virada 4 – Goo-hel conhece os planos superiores e é uma experiente viajante do tempo, no entanto, seus elos afetivos com os humanos fazem com que ela seja contrária à morte de seus agentes. Enquanto os Theorium e os Nexus usam armas para matar, os Solaris não podem matar seus oponentes, apenas capturar e entregar para julgamento. Como recebeu “carta branca” para agir, ela vai voltar no tempo buscando os agentes mortos no passado e os trazendo pra a atualidade. Também solicitará a vinda de vários seres especiais, avançados moralmente e que tornarão possível a mudança necessária em 30 anos. Com isso, causará uma mudança não prevista no destino da Terra atual.


Eu sei que a história é bem complexa, mas eu escrevi vários textos ao longo do tempo e resolvi conectá-los. Troquei os nomes, como sugerido. Mas continua quase a mesma coisa.


PERSONAGENS

Tenha um personagem, um incidente incitante e um clímax. Escreva estes três pontos da sua história. Depois, preencha o espaço entre eles com eventos que façam com que estes pontos aconteçam.

Goo-hel – Terráquea, doutora em Biocibernética, 43 anos, nascida em Recife e aquariana. Desde criança consegue o que quer por duas vias principais, ou influenciando as pessoas ou fazendo-as concordar com sua lógica. Alfabetizada aos 4 anos, teve que esperar completar 6 para entrar na escola. Nunca teve desafios cognitivos maiores e estudou em boas escolas públicas. Fez Química no Ensino Médio, depois Biologia na graduação, Mestrado em Educação e Doutorado em Biocibernética. Seus pais não a criaram e ela desconhece quase que totalmente sua família paterna. Criada com todo carinho pelos avós Eli e Rosa, teve educação tradicional e valores morais católicos na infância. Na adolescência torna-se espiritualista e se identifica com diversas religiões, não sendo contra nem a favor de nenhuma delas. Viu o pai umas dez vezes na vida e não entende porque a família é constituída de forma tão nuclear. Para ela, fazemos parte de uma grande família e amar uma só pessoa e ser parceiro dessa pessoa a vida toda não está nos seus planos. Aos 15 anos conhece o venusiano Auber e tem seu primeiro grande amor. Casa-se com ele aos 16 anos  e tem dois filhos, Aurus e Binus, que mais tarde também serão despertados e servirão de “corpo-base” para os seus respectivos Nexus. Aos 30 anos ela se separa e passa a ter a sua liberdade, que é a coisa que mais valoriza. Em vários momentos da sua vida, ela passa por episódios de “conhecimento da realidade”, e isso é interpretado como loucura. Supera essas fases e solicita que lhe retirem os chips de rastreamento para que tenha uma vida normal. Nesse tempo, seus chakras são temporariamente fechados para que não sofra mais influenciação dos Psichos. Também aceita trabalhar no plano “Morfheus”. Assim, todos os dias, enquanto dorme, ela participa ativamente de trabalhos que envolvem o destino do planeta Terra. Acorda e não lembra da maioria das coisas que viveu. Quando lembra, escreve no seu blog como histórias fantásticas. A partir do momento que tem um encontro com Omy, seu mentor mais direto, passa a conhecer seu papel no desenrolar dos acontecimentos e se empenha nas tarefas que lhe são incumbidas. Ela precisa da ajuda dos seus muitos amigos espalhados pelo tempo/espaço, pois nem gosta, nem pode e nem quer trabalhar sozinha. Pouco compreendida por muitos, ela sabe desde sempre que não é daqui e tem seus momentos de dúvida e solidão. Voluntariosa e um tanto teimosa, vai usar todo poder que lhe for conferido para resgatar no passado os afetos perdidos no passado. Essa busca se justifica pela sua necessidade de criar a equipe Solaris com os agentes que escolher. Seu mentor Imemorial, Menthos, considera-a uma cabeça de vento, mas que é eficaz quando a lógica humana se faz necessária. Viajando pelos “buracos de minhoca” naturais, ela vai “garimpar” seus amigos no passado e com a ajuda de Omy, coloca-los a salvo em vidas comuns até que surja o momento do reencontro em 2013. Mais tarde vai conseguir o mineral alienígena que alimenta a “Máquina do Tempo” e assim as interferências de sua equipe se tornam mais significativas contra os Nexus e os Theorium. Sua capacidade de ler, plasmar ideias e acessar os arquivos mentais das pessoas vai ser potencializada numa de suas viagens ao passado, onde encontrará Amon-Ra (atual Eqqus Bront). A partir daí, Eqqus lhe apelida de a “Dominadora de Mentes”. Ela amplia suas percepções e conhecimentos, vai se tornando cada vez mais difícil de capturar e mais forte na luta contra os inimigos da Terra. Com a máquina do tempo consegue trazer para o presente seus equipamentos oriundos de Orion, bem como outros equipamentos de outros seres que estavam estagnados no passado. A “Equipe Solaris” coordenada por ela, tem uma sub-equipe humana que atua principalmente numa rede de influenciação e espionagem. Para lidar com terráqueos típicos, esses agentes são destacados e vão estabelecer conexões com tecnólogos, cientistas, políticos, celebridades, juízes, policiais, pesquisadores, enfim, pessoas. Esta sub-equipe chama-se “Aquarius Club” e se reúne numa boate de mesmo nome, cheia de espelhos-portais, bem no coração do bairro do Rio Vermelho em Salvador. Esses agentes também fazem reuniões a céu aberto no Largo da Dinha, pelo menos uma vez por semana. A boate tem uma sala particular para as reuniões mais secretas, mas, de maneira geral, é na boate que as “pessoas comuns” são levadas a colaborar com a Solaris. Os agentes Aquarius Club são apenas 30 pessoas, todas com menos de 35 anos, nas mais diversas profissões. Conhecer os sentimentos e motivações humanas faz de Goo-hel uma hábil manipuladora também. Essa característica de querer solucionar os problemas de acordo com a sua lógica pode contribuir para que alguns agentes Aquarius passem a aturem como agentes duplos. Os Solaris são apenas 12 pessoas e cada uma delas terá sua história brevemente contada.


Estrutura de Atos do Filme Equipe Solaris


Ato I: Apresentação


Abertura:

São mostradas cenas reais de um panorama da Terra nos dias atuais. Vemos Goo-hel sentada na sua escrivaninha do quarto, pesquisando no Google e montando uma apresentação em power point para uma palestra sobre as reservas biológicas da Terra. Ao mesmo tempo que pesquisa, está com seu Facebook e seu blog abertos. Constantemente o celular emite um som, mostrando que mensagens estão chegando. Toca o interfone e chega uma pizza. Ao pagar com o cartão de crédito o entregador comenta o estranho nome dela. Ela diz que é único no universo e que esses nomes “diferentes” tem um porque, já que nada é por acaso. O entregador  sorri enigmático, vai para o elevador, aperta o “P” e entra no espelho.


Goo-hel come a pizza enquanto copia imagens, toma refrigerante se sente-se sonolenta. Como precisa terminar a apresentação pro dia seguinte, se esforça pra se manter acordada. Resolve abrir as mensagens que chegaram no seu celular e são de seu filho de 25 anos Binus, pedindo que ela retorne as ligações.

Contexto: Goo-hel é uma professora universitária de Metodologia Científica e Estágio Supervisionado em Química. Classe média, trabalha em um Instituto Federal numa cidade próxima e na capital (Salvador) trabalha num Centro de Pesquisas e  Tecnologia em Cibernética. Apesar de ter uma rotina diária de 12, às vezes 14 horas de trabalho, não abre mão de sair, viajar, encontrar amigos, enfim, ela também encontra tempo e energia para se divertir. Diferente da maioria de seus colegas do Centro de Pesquisas, ela é bem humorada, expansiva e de nerd não tem absolutamente nada. Já como professora é muito querida pelos alunos, apoia suas pesquisas e tem paixão em compartilhar o conhecimento. Propõe desafios cognitivos frequentes e não faz questão de fazer chamada ou passar lista de frequência. Mesmo assim a sala está sempre cheia.


Necessidade: Do ponto de vista das conquistas materiais, as coisas vão bem pra Goo-hel. Ela está em fase testes com impressora em 3 D que permite fazer máscaras perfeitas em silicone e isso vai lhe render muito dinheiro. Com isso a redução de sua jornada de trabalho será viabilizada e finalmente ela poderá se dedicar aos seus escritos, seu blog e sua música.  Ela planeja fazer o pós doutorado em Paris e se afastar do Brasil pelos próximos 4 anos, quando também viajará conhecendo o mundo e escrevendo sobre essa aventura. Do ponto de vista das emoções, ela não consegue encontrar um parceiro que a compreenda. Seus círculos masculinos são compostos de alguns colegas casados que gostariam de ter um caso, coisa que ela não aceita. Há pelo dois alunos jovens que a admiram, mas alunos são alunos! No meio de seus muitos amigos há pelo menos uns cinco bem interessantes, mas por algum motivo que ela desconhece, esses amigos não são capazes de transpor uma linha que os separa do contato físico. Ela precisa encontrar um parceiro para sua jornada ao redor do mundo, mas não o encontra. Tem uma sensação de que essa pessoa que busca não está aqui. Ao mesmo tempo, sabe que ele existe. Enquanto não encontra alguém para compartilhar sua vida, vai se esforçando para amar os que estão mais perto. Sempre diz para as pessoas “ Eu quero amar a humanidade” e completa, para surpresa de muitos “ Mas ninguém é de ninguém.”


Ponto de Virada 1 – O planeta sofrerá um grande cataclisma que já foi adiado uma vez. Um planeta, chamado “Elenin” se aproxima da Terra e se chocará em 30 anos. Caso as mudanças necessárias ao crescimento e melhoria das pessoas no planeta ocorram, a rota do Elenin será novamente desviada e a Terra seguirá seu curso de evolução. Todos os que estiverem atrasando o planeta morrerão de forma natural, a partir de um vírus que só se manifesta nos que tem características específicas. Essas pessoas se prepararão para serem reencarnados em novas orbes. Os extraterrestres que estiverem aqui também morrerão de forma natural, a partir do mesmo vírus, pois eles estão sujeitos a todos os eventos biológicos que os humanos tem, com o diferencial que seu tempo de vida é muito maior e sua tecnologia é muito mais avançada. Mas eles também são mortais. Goo-hel sonha com tudo que irá acontecer e acorda desejando compreender melhor o sonho. Depois, de forma mais consciente é convocada por Omy para coordenar a Equipe Solaris. Essa história é contada no texto “O Livro Misterioso” e está publicada no blog há alguns anos. Ela acha  o Omy uma “grande viagem” até que em casa abre o livro e começa a se inteirar de sua origem, seu passado e sua missão. Começa a garimpagem da Equipe Solaris a partir do grupo secreto que Goo-hel já possui no Facebook, o “Aquarius Club”. Da reunião com esse grupo, nascem as primeiras conexões com a missão maior.

Ponto de Virada 2 – Existem dois grupos que trabalham fisicamente contra a evolução do Planeta, os Theorium e os terríveis Nexus. A missão da Equipe Solaris é trazer alguns desses líderes para  seu lado e juntos confrontarem os demais. Prender e entregar para instâncias superiores os rebeldes é o principal objetivo nesta fase da história. O uso de alta tecnologia, armas de paralização, replicação e troca de mentes serão utilizadas. Os Nexus pegam pesado, capturam, matam, perseguem, mas não conseguem viajar no tempo. Devido a isso, Goo-hel vai sempre em busca dos agentes perdidos nas lutas contra os Nexus.

Ponto de virada 3 – Enquanto que os Theorium e os Nexus sabem de sua origem, seus poderes por estarem sob o efeito de nossa gravidade e dominarem várias tecnologias, os Solaris precisam ser lembrados de sua condição, pois por estarem encarnados na Terra, não lembram de suas vidas anteriores. No “Aquarius Club” as ideias são consideradas um texto de ficção e futuro roteiro de cinema. Poucos agentes “Aquarius Club” lembram de suas missões depois que elas acabam.

Ponto de virada 4 – Goo-hel conhece os planos superiores e é uma experiente viajante do tempo, no entanto, seus elos afetivos com os humanos fazem com que ela seja contrária à morte de seus agentes. Enquanto os Theorium e os Nexus usam armas para matar, os Solaris não podem matar seus oponentes, apenas capturar e entregar para julgamento. Como recebeu “carta branca” para agir, ela vai voltar no tempo buscando os agentes mortos no passado e os trazendo pra a atualidade. Também solicitará a vinda de vários seres especiais, avançados moralmente e que tornarão possível a mudança necessária em 30 anos. Sua busca também visa encontrar o seu “companheiro”, que lhe dará suporte nessa existência. O problema é que essa pessoa não está mais no nossa planeta em nenhuma era das exploradas e ela nem desconfia quem ele é atualmente. Talvez ele esteja bem mais perto do que imaginamos! Essas constantes idas e vindas no passado causarão uma mudança não prevista no destino da Terra atual.



Ato II: Desenvolvimento

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Sete histórias paralelas e sem cronologia ascendente serão mostradas para que se conheçam os principais integrantes da trama e suas sub-tramas. Este roteiro precisa de sequencias visto que o Universo ficcional é muito vasto. Os sete “capítulos” deste enredo são:

1)    O Livro Misterioso

2)    Equipe Solaris;

3)    Aquarius Club;

4)    Como nascem os super-heróis?

5)    As Amazonas do Sul;

6)    A Pedra e o Reino;

7)    A menina que  falava com o vento.


1)    O “Livro Misterioso” (título provisório) é a história central, onde Goo-hel vai ser chamada a colaborar para que a Terra não precise ser “reiniciada” e seus habitantes direcionados para diferentes locais de acordo com seu estágio evolutivo. Nessa missão, captar novos aliados e capturar os inimigos é o foco. Por meio de seus sonhos e do “Livro da Vida” se conhecerá as demais histórias e seus personagens. Os personagens Menthos e Omy são apresentados. A história se desenrola em Salvador dos dias atuais.


2)    Em “Equipe Solaris” se mostra a reunião entre os seres superiores que decidem dar mais 30 anos para regeneração do planeta Terra. São usados “buracos de minhoca” para se viajar no tempo/espaço e esses eventos acontecem em portais internos, localizados dentro de fortes, museus, bibliotecas e espelhos. São focados Goo-hel realizando o resgate de David (Frei Caneca) e de uma nave compacta que estava presa em Itamaracá (PE). O enredo acontece na prisão de Recife (hoje Mercado Público), no Forte das Cinco Pontas, em ruas de Olinda, Recife e paisagens de Fernando de Noronha) no ano de 1825. Nessa história Goo-hel  fala que estava auxiliando uma fuga de Anita Garibaldi em outra realidade tempo/espaço. Ela salva David e o leva para o “Buraco de Minhoca” mais próximo, que é o nascimento de Glauber Rocha em 14 de março de 1939. De lá ele fica aos cuidados de Omy e irá estagiar em Marte antes de vir novamente reencarnado como David, um ilustrador e produtor de efeitos especiais para o cinema.


3)    Em “Aquarius Club” a vida dos principais agentes é mostrada em diferentes momentos do dia quando eles se preparam para irem a boate. Vemos que Eqqus Bront (na pele de Ramon) é amigo do grupo, interage com eles e chega a ter casos esporádicos com algumas agentes. Depois, Goo-hel escala Ed e Vanessa para irem para a Floresta Amzônica em duas missões diferentes. Para o sucesso da missão, os arquivos mentais de Vanessa são transferidos pra Ed e vice-versa. Essa troca de mentes será um sucesso e será utilizada em outros agentes, no entanto, Eqqus descobre que só o corpo é de Ed e tenta captar Vanessa para o seu lado. A mente de Ed no corpo de Vanessa deve atrair uma jovem amazona para equipe Solaris, bem como o namorado dela, um jovem e promissor pesquisador que está cativo há dois anos. Esta “dualidade” masculino/feminino e as implicações é o foco dessa história.


4)    Em “Como nascem os super-heróis?” os Plutanianos Sigma e Psy são encontrados na Terra e criados por um diretor de Tv que transforma seus anos iniciais de vida numa série de muito sucesso. Eles são superdotados e crescem 3 vezes mais rápido do que qualquer humano. Aos cinco anos, eles tem corpo de 15 e avanços que os colocaria na posição de deuses. Sua motivação maior é encontrar pessoas como eles e criam uma estratégia de através de músicas criptografadas chegarem aos seus iguais. Sigma tem conexões com todo tipo de tecnologia existente e pode derrubar qualquer provedor. Também é uma “dominadora de mentes” em estágio avançado e vamos perceber que os hormônios estão a tornando rebelde e incontrolável. O venusiano “ Carius Cuprium” é apresentado neste contexto, bem como os irmãos Aurus e Binus.


5)    Em “As amazonas do Sul” assistimos ao dia da captura do pesquisador Quill e conhecemos a rotina das Amazonas no Brasil num tempo impreciso. Göel está com 15 anos e se apaixona por ele. Nesse contexto, Goo-hel aparece, aparentemente sem saber de sua vida posterior como Líder da Equipe Solaris. Ela consegue sair do domínio das Amazonas fugindo com um pirata que ancorou na Guiana Francesa e foi ao Reino das Amazonas visitar um dos poucos homens que vivem entre elas, o ouvires italiano Cesare. Suas fugas anteriores da Europa em plena ação do santo Ofício são relatadas. Os amantes, perseguidores e protetores de Goo-hel são mostrados, bem como seu treinamento como amazona e sua catalogação de plantas medicinais.


6)    Em a Pedra e o reino conheces a história de três homens que se apaixonam pela mesma guerreira viking, Rhana, que surge misteriosamente nos domínios pacíficos de Arthys. O Rei Cyryusestá prestes a  morrer e deseja ver seu filho Aurus casado. No dia da “captura” de Rhanna, Aurus e Binus (do reinos Mythos) estavam presentes a esse momento e ela se apaixona por um deles. O vizir Caumus, homem mau, também se apaixona por ela e desejoso do poder vai administrando doses deum veneno que mata lentamente o rei e posteriormente o príncipe. Ele arma para que pareça que a princesa Rhana irá trair e fugir do Reino de Artys. Com isso é declarada a guerra entre as duas nações e Rhana volta pra Artys como prisioneira do Vizir. O desinteresse de Aurus, a paixão de Binus e o dilema moral de Rhana, que o corresponde são o foco dessa trama. As maldades de Caumus e sua invocações ao ma o levam a estabelecer conexões com os Nexus. Essa trama ora se passa numa época medieval e possui cenas com os mesmos personagens num futuro moderno. Personagens já apresentados nas cenas anteriores são mostrados nesse reino.


7)    Em “A menina que falava com o vento” vemos Goo-hel um pouco mais velha contando uma história do seu Livro  para um grupo de 15 crianças carentes de uma escola pública de Salvador. Essas crianças tem idades variáveis entre 3 e 7 anos. Cada criança é acompanhada de um ser invisível e de acordo com esses protetores, intuímos que elas serão mais tarde os 15 personagens mais importantes da trama Operação Sapiens.

                        Ela narra a história enquanto que na tela os quadrinhos , como.

num history board são apresentados. A história dessa vez é o Mistério dos Matis.

Capítulo I - O mistério dos Matis



Precisamente em 2027 a humanidade como nós a conhecemos sofre um grande abalo... O aquecimento global chegou a níveis impensáveis e a maioria das formas de vida ou sofreu mutações que permitiram sua sobrevivência ou simplesmente foram exterminadas. O acidente nuclear de 2015 foi o primeiro impacto de proporções mundiais que exterminou parte da população humana... Um extermínio rápido e abrangente.



A espécie humana sobreviveu, mas o ambiente externo é quente demais, tóxico demais (com o monóxido de carbono superando 4% e o oxigênio reduzido a meros 1%), inóspito demais, pois as poucas formas de vida que sobreviveram são perigosas e ameaçadoras...



As pessoas vivem enclausuradas em "comunidades de produção" com temperatura, pressão e atmosfera controlada por requintados sistemas e aparelhagens. . O petróleo evaporou com o acidente nuclear e gerou uma crise de energia nunca imaginada. A produção de energias limpas a partir de fontes naturais como o sol e o vento, por exemplo não é mais possível porque a temperatura de 72º C é muito superior às que os painéis solares suportam e os ventos com velocidade média de 280 km/h derrubam qualquer tentativa de instalar torres eólicas. A água perdeu sua potabilidade devido a todos os acúmulos de resíduos que recebeu e só mesmo nas comunidades de produção é possível equacionar esses problemas e sobreviver.



Um dos aspectos mais complexos da vida na comunidade é falta de esperança em dias melhores. A vida na Terra não poderia voltar às condições ideais que possuía naturalmente. A escolha pela poluição e degradação, com suas funestas implicações se transformou num caminho sem volta. Nem toda tecnologia disponível foi capaz de superar os impactos de uma sucessão de erros cometidos contra a Terra ao longo dos anos... O desastre nuclear seria contornável, não fossem desencadeadas guerras inúteis pelo domínio dos minerais disponíveis...



Com parcos recursos naturais disponíveis, esgotados todos os elementos naturais (como o Urânio) capazes de gerar energia atômica, restou apenas a fissão nuclear como alternativa de produção de energia.



A alimentação sofreu uma das transformações mais dramáticas. Sem um ambiente propício só algumas espécies de fungos mutantes e bactérias anaeróbicas sobreviveram. E cresceram, deixando suas dimensões microscópicas para trás. Nos oceanos, ainda mais salinizados, algumas espécies abissais de peixes ganharam a superfície, mas o nível de radiação de seus corpos não permite que sejam capturados e utilizados como alimentos. Não se come mais. Apenas se ingere na forma líquida uma espécie de soro nutritivo, com os nutrientes necessários a manutenção da vida.



Os dias nas unidades de produção parecem eternos para Dune. Com seus cem anos de vida, todas as lembranças de quando viveu numa Terra natural trazem saudade e dor. Todos os habitantes da Terra, algo em torno de 28 milhões de pessoas, são sobreviventes do século XX. Por algumas particularidades em sua genética ou singularidades do acaso, essas pessoas sobreviveram ao grande cataclisma de 2015. Dune tinha 45 anos quando um grave acidente nuclear na Índia disparou o gatilho de reações em cadeia que levaram a Terra a se tornar o que ela é hoje.



Dune estava de férias, vindo uma caverna recentemente descoberta, na Chapada Diamantina. O percurso de 4 km abaixo da terra e as condições especiais do lugar devem ter sido os responsáveis pela sua sobrevivência e de todos os outros colegas de excursão à Caverna Paraíso. Era um grupo de 22 pessoas com idades entre 14 e 65 anos. Dune pensava em como tinha insistido para que seus dois filhos fossem à caverna naquela manhã e de como eles preferiram ficar dormindo, pois tinham ido a um festival de música na noite anterior e estavam cansados. Pensava em como todos estariam salvos se insistisse para que fossem... Mas não se culpabilizava como antes... A culpa não lhe traria seus filhos de volta... Pensava neles justamente porque estavam juntos numa região em que algumas pessoas sobreviveram... E o Brasil foi um dos países com maior quantidade de sobreviventes: exatos 19.644 pessoas. Muitos pesquisadores estrangeiros que se encontravam em locais isolados da Amazônia sobreviveram e foram contabilizados como sobreviventes brasileiros. Na verdade, o sentido de país e territorialidade não era mais o mesmo. O continente Sul Americano era o único lugar na Terra onde os níveis de radiação foram menos devastadores. E as condições naturais do Brasil favoreceram o estabelecimento de uma das maiores colônias da terra : a Colônia Matis. Esse nome foi em homenagem aos índios Matis que sobreviveram. Em 2015 eles eram apenas 67, mas sobreviveram todos! O trabalho de Dune também buscava decifrar o enigma dos Matis... eles conseguiam se reproduzir entre si, mas o maior problema era a quantidade mínima de mulheres, apenas 7. E só nasciam meninos!!! Desvendar o mistério dos Matis poderia ser a alternativa do repovoamento da Terra.



Encontrar meios de reverter a infertilidade dos sobreviventes era o que lhe fazia acordar todos os dias... Porque mesmo quem sobreviveu, fora os Matis se tornou estéril e essa população estava envelhecendo. É por isso que gradativamente os animais e plantas que sobreviveram e tiveram um ciclo de vida ampliado devido a radiação, foram morrendo e consequentemente se extinguindo.


Muitos eram contra trazer mais vida para um planeta tão decadente... Mas Dune acreditava que o repovoamento e a mudança para um planeta mais natural seriam a saída... Pena que tanto a viagem espacial quanto a reprodução in vitro eram apenas tentativas frustradas dos dedicados cientistas da Colônia... Muito se perdeu dos avanços conquistados...


Goo-hel fecha seu livro, que emite uma luza azul toda vez que é aberto. E se dirigindo às crianças solicita:


- Como poderemos salvar o Planeta Terra de destino um tão trágico? Essa é a tarefinha de vocês pro final de semana, combinado?

Fica olhando aquelas crianças tão pequenas e tão inteligentes. Todos saem e fica apenas Pedro, três anos. Vem com um desenho muito avançado para sua idade e diz para ela com sua expressão viva:

- Fiz pra você! É “Paladise”... e canta um trecho da música de um grupo antigo chamado Coldplay : “Pala, pala, paldise”... Uma lágrima cai do rosto de Goo-hel que abraça Pedro....


FIM


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Afora a paixão




  1. Descobri que a paixão não me faz bem
    Pensar o tempo todo em alguém
    Não é mais pra mim
    Eu decidi pular essa etapa crucial
    Onde eu não podia esperar
    Pelo dia de amanhã...

    Acho que amadureci
    E ofereço um sentimento sem igual
    Dedicado especialmente a ti....

    Eu tenho um oceano de amor
    Nenhum espaço pra dor
    Ciúme eu jamais cultivarei
    Eu tenho uma alegria interior
    Que sustenta o meu amor
    E evita a saudade em demasia...

    Assim posso dizer que sei controlar
    Os sentimentos que a vida me dá
    Como presentes, como jóias raras

    Não esqueça que não esqueço você
    Apenas preciso te dizer
    Que você mudou meu mundo
    E o meu jeito de ser...

    Salvador, 05.08.13 20:12h

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Máscaras no lugar

E quando olhamos face a face
O que vemos não reflete
O que de fato se é...
Cada um tenta se mostrar como quer

Eu gostaria de pessoas com menos medo
De serem como são
Pessoas preocupadas umas com as outras
E não apenas fingindo estar fora da prisão...

Eu não posso gritar do meu lugar
Eu não posso demonstrar
O que dentro do peito há
Eu tento apenas me adaptar...

Eu não estou aqui a passeio
Na verdade eu nem era pra estar aqui
Nesse lugar que eu tento assimilar
Nesse lugar que eu tento gostar...

Eu gosto de pessoas verdadeiras
Que se abrem sem problema
Pessoas como eu, que podem se  mostrar
E não temem que alguém possa os julgar

Onde estão as pessoas que eu precisaria encontrar?
Pra me dar as mãos
Pra me amparar?

Onde estão as vozes que iriam me dizer:
"Isso é pra você
Isso te faz mal"

Ondes estão as cores que eu preciso enxergar
Pra me nortear
Para me decidir

Tantas máscaras e eu tenho adivinhar
Onde encontar
Quem pode me ouvir?

Salvador, 31/07/1013   18:26h

Telefone



Letra : Guel Pinna
Música : John Gallegos

Quando penso em você
Tudo fica mais bonito
Teu sorriso me encanta
E tudo que eu sinto
Abre o meu paraíso

A gente teve momentos
Que não dá para esquecer
Eu quis acreditar
Que era pra sempre
Que era pra ser você
Tinha que ser você..

O telefone não toca
A ansiedade vem
Por que você não volta com aquilo
Que me faz tão bem (2x)

Queria poder te encontrar
Me dê uma chance de recomeçar
Tanta coisa
Não dá pra esquecer
O que eu fiz de errado
Para te perder?

Salvador, 14/07/2013   20: 15h

PS - Já temos uma versão bem legal da canção... Eu sempre quis um parceiro pra compor! O John é ótimo!