segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Todas as coisas sem preço


Vivemos num país onde o número pessoas que concentram o poder e o dinheiro (podendo ser chamados de "ricos") não ultrapassa 5%. Mas ser rico não significa não ter problemas e poder acessar por um preço alto o amor, a felicidade, a saúde, o prazer, a estima... AS COISAS MAIS IMPORTANTES DA VIDA NÃO SÃO MATERIAIS E NÃO TEM PREÇO.



Há quem ache que ter um emprego, casa, carro e poder usufruir de algumas coisas já seja suficiente para ser melhor que os outros. MAS NINGUÉM É MELHOR OU MAIS IMPORTANTE QUE NINGUÉM. Somos todos seres humanos. Todos sabem que as diferenças entre as classes, a cor da pele, a religião,o país de origem, o partido político e até o time de futebol, dividem as pessoas. Mas não deveria ser assim.
E tem muita gente por aí que dá uma importância enorme às coisas materiais. Tudo bem, cada um com seu tapete, mas é também importante dar valor aos aspectos morais.
Acredito que o que move cada pessoa são os seus interesses ou seus desinteresses. E numa sociedade capitalista, somos desde pequenos criados para sermos o que ainda não somos. Exemplo: se você nasceu pobre, a felicidade virá quando for rico. Se você nasceu rico, a felicidade chegará quando você se tornar milionário. Se você for gordo, a felicidade chegará quando você se tornar magro. Se você for feio... Enfim, nessa premissa, você nunca será feliz com o que você tem agora. E EU NÃO CONCORDO COM ISSO.

Claro que a vida é feita de escolhas. E a gente faz escolhas o tempo todo. Mas que essas escolhas sejam genuínas. Nossas! E não as expectativas dos outros. Eu não preciso fazer nada para provar alguma coisa pros outros. Minhas metas são minhas metas. E há também quem não tenha metas. Isso é contrário a tudo, mas não deixa de ser uma escolha.
Quando vejo pessoas com grande potencial, literalmente estacionadas em um degrau da vida, acho que estão desperdiçando alguma coisa. É fácil julgar... É fácil apontar o dedo. Difícil é saber o que há por trás de tudo isso. Porque não existem fórmulas. Cada pessoa é única e cada trajetória tem seus percalços próprios.
Ser feliz é a meta? Então vamos começar a sentir felicidade com as pequenas coisas. As pequenas coisas sem preço, mas de valor incomensurável.

Guel Pinna


Salvador, 31.08. 15 16:50h

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O dia D



Parte I

Acordei. Achei que a chuva estava deixando a luminosidade um tanto estranha, mas isso não era tão incomum. Consultei o celular e eram 7h da manhã, como sempre. Achei o ar opressivo e pesado. Isso era diferente pra mim. Fui me arrastando até o banheiro. Abri o chuveiro e não saiu água. Quase que me sujo naquela mistura de uma coisa gosmenta e escura! Vixe! Aí eu me assustei! Meu coração acelerou e eu desliguei imediatamente o chuveiro. Iria interfonar pra administração do prédio, mas ainda era cedo. Será que estavam fazendo alguma manutenção nas caixas d´água? Na pia da cozinha a mesma coisa... Eca!

Me arrumei e saí do apartamento. Elevadores parados e só as luzes de geradores funcionavam. Estranho... A garagem super escura... Peguei o carro e saí rápido. O portão eletrônico estava escancarado. Estranho...

Não vi um só carro no meu trajeto até o trabalho. De repente  a cidade parecia como nas madrugadas, quando atravessamos grandes distâncias sem muitos carros no caminho. O radio do carro também não funcionava. Mas fazia um zumbido estranho....BBXXXXSSSSS, parecendo um assovio, sei lá.

Peguei o celular. Algumas mensagens da noite anterior estavam lá. Tentei ligar pra minha mãe. Nada de sinal. Liguei pro trabalho. Não completou. Já estava sentindo um misto de medo... Aliás, os sinais de trânsito todos apagados era também estranho. Será que ocorreu um apagão?

Dirigi por uns 15 minutos sem cruzar com nenhum outro carro. Onde estavam as pessoas que trabalham nessa cidade? Será que decretaram alguma coisa e eu por não ver TV não fiquei sabendo?

Parei na frente de uma delegacia. Porque uma delegacia teria que estar funcionando. Fiquei estarrecida com o que vi. Custava-me  acreditar. Saí correndo da delegacia e entrei no hospital, no outro lado da rua. Fiquei ainda mais intrigada e confesso que comecei a achar que estava num pesadelo. E como já tenho técnicas de acordar em meio aos pesadelos, comecei a dizer pra mim mesma : "É só um sonho! Não é real. Não há o que temer! Não morremos nos sonhos!".

Entrei no carro e não fui ao trabalho. Fui na casa de minha mãe na Ladeira da Barra. Tenho uma cópia da chave. Torcendo para ela estar lá. Entrei na casa silenciosa e não encontrei ninguém.

Não havia ninguém em parte alguma... O ar ficava mais e mais opressivo. O sol, que tinha sumido totalmente, não apareceu. E sem os postes acesos, era tudo penumbra...

Estacionei na igreja de Santo Antonio, aberta, mas silenciosa e vazia. Não sabia o que fazer. Comecei a orar... Desesperadamente  pedindo que surgisse alguém pra me dizer o que estava acontecendo.

Eu estava de olhos fechados. Senti uma luz diferente e abri os olhos. Um homem negro, vestido com uma roupa laranja e com  uma estranha luminosidade na região da cabeça veio em mina direção.

E eu ali, meio sem saber se corria ou se ficava, pois aquela sua luminosidade era esquisita também. Ele sorria... E de alguma forma me passava uma profunda paz. Sentou-se ao meu lado.

Antes que eu conseguisse formular alguma pergunta me disse... Aliás, ele não disse, mas eu o ouvia dentro de minha mente... Como num filme terrivelmente rápido vi o que aconteceu... Na noite de 24 de outubro de 2017, ou seja, ontem, duas grandes potências mundiais declararam a 3ª Guerra Mundial. Eu nem sabia dessas coisas, pois não acompanho o que dizem nos canais de notícias. E creio mesmo que não era algo assim tão em vias de fatos...

Vi a retirada das pessoas importantes e das cúpulas de poder para os abrigos subterrâneos que eu nunca soube que havia no Brasil... Tudo às pressas. Vi gente sumindo no ar ao contato com as pulverizações que chegaram pelo ar. Me concentrei para ver as imagens com menor velocidade e pensei na minha família... Meus amigos... meus colegas de trabalho... Não conseguia localizá-los.

E eu? Como sobrevivi? Como contatar os demais sobreviventes?  Vi  em minha mente um tubo que tinha uma luz azulada extremamente forte. Fiquei de pé.... E senti que estava sendo sugada pelo tubo...

Fim da parte I


Guelnete Pinna     Salvdor, 24/07/15   16:30h

terça-feira, 10 de março de 2015

Yellow desire

Yellow desire

Hoje eu sinto uma vontade de ficar perto...
Sem pensar no errado e no certo
Apenas te abraçar...
E ir conduzindo os teus suspiros
Por labirintos infinitos
Que insistem em se insinuar

Hoje certamente que tenho um  brilho
Intenso e amarelo, carente de mistério
Qualquer mortal pode perceber, tocar e apalpar

Hoje eu te quero nem que seja por um minuto
Para lapidar o diamante bruto
Do meu desejo modular...

Yellow desire

Today I feel a desire to be near ...
Without thinking about wrong and right
Just hold you ...
And go driving your sighs
By endless mazes
Who insist on creep

Today certainly have a brightness
Intense and yellow, lacking in mystery
Any mortal can see, touch and feel

Today I want to if only for a minute
To polish the rough diamond
My desire modular ...
Salvador, 10/03/15     14:44h