quarta-feira, 18 de maio de 2011

Não existe "certo e errado" nos contextos da liberdade...



Estou às voltas com um conhecimento totalmente novo, com o qual não me identifico em tudo, mas que respeito. Na verdade, quando constato que eu nunca tive um desafio desse porte, penso se o problema está em mim ou nele, esse tal conhecimento.






Até que ponto podemos ter certeza que algum pensamento é a realidade, a verdade? O questionar e ter sérias dúvidas é muito mais estimulante do que entender de primeira. E a subjetividade da compreensão é extremamente complexa. Tudo bem, não tenho lá muito apetite pra certos autores. Acho que uma forma de eu resolver isso é indo diretamente "dialogar" com esse cara e abandoná-lo o mais rápido possível depois, assim como abandonamos os pensamentos ou decisões precipitadas.






- Por que você não escreveu algo mais digerível?



- Você sabe o que é a inspiração e em como nos deixamos levar por ela. Nem tudo é necessariamente o que depois vai se tornar realidade, verdade. Pensamos umas coisas e as dizemos num contexto de parcialidade. Depois essas mesmas coisas adquirem um caráter de totalidade que não se afina com a proposta inicial...



- Me faça respirar aliviada... Você não mudaria alguns aspectos do que disse? Não refomularia?



- Sim e o tempo, os avanços desse tempo precisam ser levados em consideração. Não que que eu precisasse refutar o que acreditei a ponto de expressar de forma diferente, mas hoje eu teria elementos completamete novos. Nem tudo resiste ao tempo e é preciso uma dose maior de criticidade em se levando em consideração esse aspecto.



- Às vezes eu acho alguns furos no que você diz. Mas nem tenho interesse em me aprofundar nisso e nem acho que valeira a pena.



- Nem eu, nem absolutamente ninguém é "inquestionável" ou infalível. Mas só se "derruba" de verdade algo se você for capaz de convencer... Talvez eu tenha sido um bom convencedor... E talvez eu também estivesse muito convencido de minhas idéias...



- Bom que saiba o que penso... Você não me convence... (rindo)



- Será que não mesmo? Será que você não está convencida de que há algo de estranho ou alheio ao que eu expressei?



- E não há mesmo?



- Lembre que você pega um fragmento... uma parte e não o todo. Absolutamente natural que esteja se sentindo num labirinto. Mas na verdade não está, porque há um domínio particular de como sair... de como achar as respostas...



- Assim, você me dizendo isso, até que eu acredito... (risos)



- É porque o limite que você mesma se impõe se constitui na sua barreira... Queira abdicar de algumas horas de lazer e dedique-se... Você não apenas será capaz de entender, como de trasnceder...



- Eita!! Achas mesmo? Tenho sérias dúvidas. Mas convenhamos que não estou me dedicando. Você tem me acompanhado? Vê como estou sonolenta de manhã por conta das menos de seis horas de sono? Estou numa fase de adapatação... Já tirei muitas "capas" nesse processo...



- Mas tem um porquê tudo isso... Considere que há um atraso na sua demanda... Você está com uns onze anos de atraso, não é?



- Isso ainda conta?



- Não tanto. O importante não é o que passou, mas o que está por vir. O passado é só uma referência... Concentre-se na construção do hoje e do amanhã...



- Assim você fica cada vez mais próximo. Gosto de uma certa dose de humanidade... Senti falta disso em você... Parecia falar com extra-terrestres! (risos)



- Não era isso. Não há nada de superior ou de elaborado para outras formas de conhecimento...



- Tem certeza?



- Tenho. Mas te proponho mais um desafio. Faça um voto de silêncio por duas semanas. Faça o exercício de escrever suas impressões, dúvidas, questionamentos. Abra o seu pensamento de tal forma que acessá-lo não requeira tanta desconstrução...



- Eita, nunca pensei que requisesse desconstrução...



- Mas requer... e não é pouca. Mantenha-se firme. Não exponha suas idéias através da fala por duas semanas. Leve esse exercício pro seu trabalho. Conitnue trabalhando normalmente e usando a fala, claro. Mas nas relações, limite-se a ouvir mais, pensar mais e emitir menos opiniões.



- Xiiiiiiiiiiiii.... algo errado com a forma atual de expressão?



- Não existe "certo e errado" nos contextos da liberdade... Mas estou lhe propondo esse desafio... Talvez seja a preparação que você precisa pra fazer uma espécie de introspecção...



- E isso vai me levar a uma compreensão maior de você?



- Você nunca fez um movimento contrário à compreensão...



- Ah, não?



- Não... não propale mais que não me entende. Você entende sim. Talvez menos do que deseja ou pode. Acesse melhor o seu querer...



- Entendi o recado...



- Sei que saberia interpretar... quanto aos paradoxos que só você parece ver, mantenha-os...



- Pensei que o silêncio era pra acomodar isso... (risos)



- De nehuma forma... os paradoxos serão bem úteis depois...



- Ficou misterioso de repente...



- Também não atribua erroneamente condição ao que não é condicionado...



- Como é que é?



- Você sempre questiona o que não parece ter um sentido palpável, imediato...



- E é uma contradição?



- Não me faça rir...



- Bah, também não precisa pegar pesado...



- Sem nehuma crítica a isso...faz parte de sua natureza intempestiva e rebelde...



- E essa ninguém vai mudar...



- Nem mesmo que eu assim o desejasse... Mantenha-se como mehor lhe apraz...



- Começo a gostar de suas coloações... detesto o rigor...



- Muito bem, você é capaz de me distinguir de você mesma? Saber quem eu sou?



- Eu mesma? (risos) Não corporifiquei você. Veja que você não tem nome, localização no espaço e no tempo... Mesmo assim me dita umas ordens, né?



- Ordens não... sugestões...



- Se eu for ficar tentando estabelecer quem é quem em cada fala que construo... Não pensei sobre isso... Mas noto que você é um tanto grave...



- Nem todos saem de máscara no Carnaval (risos)...



- Nem me fale!!!(risos)



- Boa noite Klausinski...



- Boa noite, Guel!






Salvador, 18 de maio de 2011






23h 48 min









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