terça-feira, 24 de maio de 2011

Faz de conta que sou eu




Vamos ficar nos olhando disfarçando


Fazendo de conta que miramos o horizonte...


Vamos perdendo a inocência e a coerência


A importância e a paciência...


Aos poucos vamos nos velando


Dentro de nossos pesados corações...


Porque nossos "senões" não se afinam


Estamos nas bordas contrárias dos rios, das opiniões...



Vamos suprimindo as emoções


E os desejos de pertencimento


Porque nada em nós tem continuidade


Nada em nós tem sustenção...


Só movimento...


Nada em nós estava programado


E eu me surpreendo de ter gostado


E eu não sei dar passos até você


E eu não sei o que poderia acontecer...





E antes que não me entendam novamente


Tou muito só no meu quarto de dormir


Tou muito facíl de achar e de perder


Não faça de conta que não consegue ver...


Não faça de conta que não foi com você...






Faz de conta que acabou a sua busca


Faz de conta que eu sou o seu amor


Faz de conta que você vive a sua vida


Faz de conta que você nunca me encontrou...




Salvador, 24/05/11 17h 23 min


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