Vamos ficar nos olhando disfarçando
Fazendo de conta que miramos o horizonte...
Vamos perdendo a inocência e a coerência
A importância e a paciência...
Aos poucos vamos nos velando
Dentro de nossos pesados corações...
Porque nossos "senões" não se afinam
Estamos nas bordas contrárias dos rios, das opiniões...
Vamos suprimindo as emoções
E os desejos de pertencimento
Porque nada em nós tem continuidade
Nada em nós tem sustenção...
Só movimento...
Nada em nós estava programado
E eu me surpreendo de ter gostado
E eu não sei dar passos até você
E eu não sei o que poderia acontecer...
E antes que não me entendam novamente
Tou muito só no meu quarto de dormir
Tou muito facíl de achar e de perder
Não faça de conta que não consegue ver...
Não faça de conta que não foi com você...
Faz de conta que acabou a sua busca
Faz de conta que eu sou o seu amor
Faz de conta que você vive a sua vida
Faz de conta que você nunca me encontrou...
Salvador, 24/05/11 17h 23 min
Nenhum comentário:
Postar um comentário