segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

No que depende de nós...



No que depender de mim


A vida será assim


Um abismo de rosas


Pra gente cair sem sentir


Pra gente pensar e sonhar


No ontem, no amanhã


E no futuro, que virá...




No que depender de mim


As lágrimas irão partir


O que já estiver rachado


E irão eclodir


De um rosto emocionado


Fazendo-me sentir


Que é só mais um dia...


Fechado!




No que depender de mim


Vestirei luto por sua fadada emoção


Derrubarei os obstáculos


Da minha condição


De pessoa, livre...




Porque o seu amor é uma guerra


E ninguém ganha nela


Ninguém tem estratégia


Ninguém tem garra pra lutar...


Aliás, eu tinha


Eu tenho, nem sei mais...

Como sobreviver?

Como entender?

Como desvincular
A pessoa que é você
Dos percursos pra te encontrar?

Talvez eu tenha que desgostar

Pra saber continuar...
Talvez você tenha que me perder
Pra melhor valorizar
Meu tempo
Minha disponiblidade
Por que na verdade
Você pode se esforçar...
Mas valerá o esforço?

Eu luto de peito aberto


De mãos vazias


E sofro, numa crescente agonia


Que mina o sentimento


Lentamente...


O que você acha que faz?

Aliás, você morre pouco a pouco


Dia-a-dia


Cosncientemente


Propositadamente


E nada mais me invade


A não ser a dor


Porque isso dói


Não dói em você


Mas em mim corrói...


E me desfaz


E me destrói


Você em mim jaz


Porque isso depende de você


E daquilo que você sempre faz...




Salvador, 17/12/07 16h 10min




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