De ontem pra cá, fiz cinco poemas... pra duas pessoas diferentes.
Cara Pálida é sem dúvida um dos mais "potentes" musos, porque minhas emoções (despertadas por ele), sempre foram ou fortes e impactantes ou fortes e deprimentes. E meu Lado B poetisa, a Musa, é assim, escreve bem quando sofre...
Vou colocá-las em bloco... Só de ler da pra sacar quem ispirou o que, né?
Ar emocional
Minhas paixões são assim
Uma espécie de ar emocional
Sem elas a inspiração
Não pode acontecer
E eu expiro você
Pra fora do meu pulmão
Pra longe do meu ideal
Eu te expulso de mim
Sabendo que mesmo assim
Só o tempo apaga uma história como a nossa
Eu te relego ao esquecimento
Em breve serás só uma lembrança
Mas aqui nesse momento
Confesso que ainda penso
Ainda existe uma esperança?
Eu reconheço que te amei
Mas o amor não é algo que se acabe
Ele transmuta, muda de finalidade
E eu te guardarei
Embora sem nenhuma possibilidade
De te fazer retomar o caminho iniciado
Por mim também está acabado
Mas ainda não morto, não sepultado...
Pense na sua responsabilidade
De extrair
Com requintes de crueldade
A semente que plantei com carinho
Uma coisa é esperar a poeira baixar
E assistir ao sentimento morrer
Sem coragem de por ele lutar
Outra coisa é se precipitar
Nunca mais querer me olhar
Pra nunca mais me esquecer...
15/01/08 6h 53min
Esclarecimentos
Eu te digo claramente
Não me apaixonei por você
Apenas te deixei ocupar
Um espaço vazio e quente
Pensando bem, era vazio e frio
O espaço que você
Não soube cultivar
E manteve por um fio
Pronto pra se partir
Pronto pra simular
Uma paixão sem fim
Um sentimento ímpar
Você é especialista
Na suprema ilusão
De me levar pela mão
Bem perto de um mar
De descontentamento e solidão
Nos arredores do teu destino
Pra depois me fazer aterrissar
No deserto que há
Na aridez dos seus dias...
Mas você optou por ser assim
E longe de mim
Descumprir suas ordens
São escolhas vãs
De um ser imperfeito
Mas mesmo assim, eu as respeito
E me mantenho à deriva
Eu sigo colhendo a cor
Numa explosão de dor
Que breve passa, eu sei
Jamais serei insistente
Não quer, não deu, acabou
Tudo bem, valeu, passou
E manhã será melhor pra gente
Outras pessoas virão
Novas situações
Novas alegrias
Mas nada se repete, felizmente
Tudo é único e exclusivo
E por isso eu te digo
Não aniquilamos da mesma forma
O que restou da gente
15/01/08 7h 08 min
Mal entendido
Quantas coisas eu faria por você
Quantas noites eu não dormiria
E cedo acordaria
Só pra mais tempo ter
Ao teu lado
Dia-a-dia
Quantas concessões eu fiz
Quantas emoções eu quis
E a gente viveu
Nesse parco tempo em que você e eu
Estávamos nos descobrindo
Pra agora terminar assim
Como algo ruim
Depois de um mal-entendido
Custa pra mim acreditar
Que você queira eliminar
Toda e qualquer lembrança minha
Talvez você precise me esquecer
Ou talvez eu não signifique nada pra você
Por isso esse processo parece ser tão simples
Não vejo problema em aceitar
O que você determinar
Esse é o meu estilo
Eu não vou mais te procurar
E se ainda havia algo pra falar
Perdeu agora todo o sentido...
15/01/07 6h 46 min
O que a gente sente
Teu corpo rígido
Teu jeito tímido
Teu beijo ardente
Como não deixar correr
Livremente
O desejo que se sente?
É tudo tão novo
E eu estava tão carente
Que me vi de repente
Nos teus jovens braços...
E entregue ao teu beijo quente
São tão seguros teus passos
Na minha direção
E és tão ciente
Da nossa condição
Que em ti confio
E num arrepio
Sigo a ilusão
De ser novamente tocada
Como fêmea estimada
Como doce tentação...
Entre nós não há cobranças
Nem alianças
Apenas compartilhamos desejos aparentes
Temos tantos freios
E tão poucos meios
De nos olha livremente
Que seja a ser indecente
Mas é tão bom!
Talvez meio inconseqüente...
E o que vale
É o que a gente sente....
14/01/08 17:56
Tem um que acho melhor não publicar... Censura? É... por enquanto...
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
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