segunda-feira, 12 de março de 2012

Modernidade líquida

Talvez sejamos como bruma

Voláteis

Esparsos

Fluidos

Instantâneos...

Talvez de sólidos

Derretamos

E viremos líquido...


Nada mais parece real

Nessa avalanche mórbida do ter

Do consumir

Do pagar pra ver

E do constante desconstruir...


As famílias são gasosas

Meramente ausentes

As mídias são presentes

Frívolas e quentes...


O individual acima do coletivo

E a desumanização, nessa transição

Do antigo para o pós-moderno...


São guerras, são chaves de acesso

Para um mundo cada vez mais expresso

Impresso, nos dígitos e cifras fundamentais...


Onde não somos quem realmente somos

Mas o que representamos

Numa sociedade taxativa, exclusiva

Que impulsiona e potencializa nosso desejo estranho

De sermos relativizados ao que compramos

Ao que adquirimos

E ao que supomos que ganhamos

Deixando a consciência para trás...

Imersa numa nuvem que se precipita

Dentro da nossa vontade de ter mais...


Salvador, 12/03/12 18:00h

Precisava escrever um texto discutir na próxima aula de EDC A 33, Educação, Comunicação e Tecnologias, ministrada pela Profª Bonilla. Mas eu não consegui inspiração pra texto hoje... Paciência...

E você precisa ouvir Fake Plastic Trees...
Na versão cover...


Inspirado em:

Bauman, Zygmunt. Modernidade líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.





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