E se vivessemos sem medo, sem amarras, sem preconceitos...
Se nos considerássemos como irmãos, solidários, responsáveis e humanos
Se olhássemos nos olhos do outro, vendo a essencialidade
E não apenas a casca, a aparência, a transitoriedade?
E se tivéssemos as mesmas oportunidades
As mesmas possibilidades...
As mesmas realidades...
As mesmas condições...
Haveria tanta desigualdade
Tanta miséria
Tantas contradições?
Seríamos plurais, na nossa singularidade
Seríamos muito mais,
Do que meros autômatos sociais
Seguindo um caminho que não traçamos
Atuando numa peça que não construímos
Somando nosso suor a um sistema que não instituímos
Vivendo na ausência da liberdade e do sonho...
Num contexto perverso, no qual estamos inseridos
Explorados, excluídos ou simplesmente
Tranquilamente, destituídos
Da capacidade de questionar
De unir forças e lutar
Por um ideal comum
Por algo maior e mais amplo...
E se quiséssemos romper as correntes
Que nos prendem a um sistema posto
Se nos conscientizássemos de que somos o povo
A mola, o fulcro e a força
Que move o mundo e que cava o poço?
Não vejo a saída por esses dias
Cheios de máscaras e alegorias
Vivemos mesmo na quimera, na ilusão?!
Do lado de cá, no terreno das idéias
O germe que cresce, fomenta e espera
Não tem como dar o seu grito
Falta a bandeira se agitando ao vento
Falta a força direcionadora de um só pensamento
Que comande a senda da revolução...
Salvador, 21/04/11 11h 15 min
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