quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sendas da reflexão



E se vivessemos sem medo, sem amarras, sem preconceitos...



Se nos considerássemos como irmãos, solidários, responsáveis e humanos



Se olhássemos nos olhos do outro, vendo a essencialidade



E não apenas a casca, a aparência, a transitoriedade?






E se tivéssemos as mesmas oportunidades



As mesmas possibilidades...



As mesmas realidades...



As mesmas condições...



Haveria tanta desigualdade



Tanta miséria



Tantas contradições?






Seríamos plurais, na nossa singularidade



Seríamos muito mais,



Do que meros autômatos sociais



Seguindo um caminho que não traçamos



Atuando numa peça que não construímos



Somando nosso suor a um sistema que não instituímos






Vivendo na ausência da liberdade e do sonho...



Num contexto perverso, no qual estamos inseridos



Explorados, excluídos ou simplesmente



Tranquilamente, destituídos



Da capacidade de questionar



De unir forças e lutar



Por um ideal comum



Por algo maior e mais amplo...






E se quiséssemos romper as correntes



Que nos prendem a um sistema posto



Se nos conscientizássemos de que somos o povo



A mola, o fulcro e a força



Que move o mundo e que cava o poço?






Não vejo a saída por esses dias



Cheios de máscaras e alegorias



Vivemos mesmo na quimera, na ilusão?!






Do lado de cá, no terreno das idéias



O germe que cresce, fomenta e espera



Não tem como dar o seu grito



Falta a bandeira se agitando ao vento



Falta a força direcionadora de um só pensamento



Que comande a senda da revolução...






Salvador, 21/04/11 11h 15 min





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