sábado, 18 de junho de 2011

Onde estão os discípulos de Athena?



O poema e o PS abaixo devem ser lidos ao som de http://www.youtube.com/watch?v=RFnVdN2GEC8



Fico pensando em toda essa cultura externa,



Entrando em nossos poros





Margeando nossa sensibilidade





Refazendo os percursos da nossa liberdade





Nos fazendo súplices de alguma possibildade...










E penso nos meus conhecidos e suas rotas de vida





Uns tão hedonistas





Outros tão refreados





Nos seus processos de transtorno





Cegos, surdos e mudos





No seu complexo mundo





No seu esparso espaço de entorno...










E eu reclamo alhures da imcompreensão que me rodeia





É tola e vã tal alusão





Não são vocês meus verdadeiros companheiros





E a grande ironia é que ainda estou sã!





Por certo que a verdade infinita que permeia





Assim claramente, essa relação





É por demais tênue e frágil





É por demais anit-cristã...










Ninguém se ama sem interesses nesse planeta





Ninguém requer maiores atenções





Estão todos encimesmados em seus problemas





Estão todos presos nos seus próprios porões





E se tu, vier e libertá-los





De suas idéias torpes e vis opiniões





Nâo sinto que sereis alçada





Ao cume dos montes





Ao lado dos vilões...










Mas sim, eu falava mal desse planeta





Onde vim parar por pura rebeldia





Nascem as noites





Caem os dias





E se não mergulho numa tenaz melancolia





É porque me distraio com suas pessoas





Leio seus textos





Experimento às vezes seus corpos,

Suas ultrapassadas filosofias





E se não posso achar os meus companheiros





Que não souberam se acomodar a essa realidade





Sigo no meio dos outros





Sendo o que somos





Mais um, e mais outro, no meio de um dia comum





Vivendo sem maiores impactos





E sem muita profundidade





Galhos secos, folhas amareladas





Raizes íngremes





Desejos retalhados...





Ah, o que importa nessa hora?





No fim sou aquela voz que nada exprime





Apenas imprime





Um pouco de sua própria instabilidade...




Salvador, 18 de junho de 2011



PS- Passei o dia todo em casa... tem sempre mil coisas (sem hipérboles) pra ler... pra fazer... e aqui estou eu com o acúmulo de tudo que compôs o meu dia: livros, revistas, net, filmes, alguns telefonemas, um tempo fazendo as refeições (fiz doce de abacaxi... a torta deu preguiça), uns momentos com os filhos, umas cochiladas gostosas e esse poema... E eu juro que estou num dia de puro ócio! Se qusisesse encontraria uma parte da turma CS no Pelo... mas sinto que uma multidão não vai me fazer tanto bem como estar aqui comigo mesma...















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