quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nas dobras da dor no tempo



Mesmo a vida repleta de sonhos



Lugares e esperanças



Sinto que minha emoção dança



Num passo sem ritmo



Num espaço sem lastro



Em que corro na estrada com os pés descalços



Em que piso nas pedras que me ferem



Em que nasço e morro, me refaço



Mas em que me perco em desalinho e descontentamento...



Eu não sei lidar com tudo isso novamente



Eu não quero a dor de fugir de mim mesma e ficar ausente...






Estou admitindo minha impotência frente ao que pode ser uma fase apenas



Ou uma frase que me repugna e me condena



Usar da poesia pra descrever a dor sempre foi patente



Difícil é admitir essa fraqueza latente...






Não sou perfeita e cometo erros simplesmente



Não me culpo pois não posso voltar atrás no tempo...



Nem jogar pra cima a predisposição que lamento



Eu não sou árvore de pés presos ao chão



Eu sou folha que volita ao sabor do vento...






Quro muito estar inteira, completa e presente...



Mas só a gente sabe das perdas que temos



E dos ganhos que deixamos de ter



E dos risos e dores que fazem parte da gente...






E acaso essa dor faz sentido?



Não, está no limite do infindável



Nada a justifica nesse momento...



E eu preciso de uma força externa, um alento



Pra enterrar esse sentimendo nas dobras do tempo...






Salvador, 19/10/11 11:39 min












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