
Estou me tornando uma pessoa isenta de passionalidade
De desejo e de frivolidade...
Estou quase ascendendo ao paraíso!
Isso me remete às escolhas e ao meu momento
Em que aquele sentimento progressivo e intenso
Não encontra atmosfera pra se desenvolver...
Se eu for ficar assim, eu lamento
Porque o que mais gostava em mim mesma
Era daquela loucura, aventura e arrebatamento
Que me tomava sem nenhum consentimento
E me alçava do solo dos mortais...
Isso parece ter ficado pra trás
E meu coração não vai mais
Pular, trair-me ou sofrer...
Penso que assim eu vou pouco a pouco morrer
Na minha essência de enamorada e apaixonada
Pelos homens que me despertariam emoção
Uma fagulha de ilusão
Um milésimo segundo de prazer...
Ai, ai, ai eu vou morrer
E antes que eu mate minha própria essência da paixão
Peço com encarecida discrição
Me beije com mais liberdade...
Me toque com mais ousadia...
Me tire desse limbo de apatia
Dessa morna utopia
De que somos como amigos, idealizando uma situação
Pra mim não há nada não!
Eu só quero me sentir um pouco efêmera
Um pouco esvaziada dos zelos
Ou dos medos da concepção...
Quero uma coisa tão simples!
Saber os seu limites
Me sentir na tentação...
E você, me diga agora
Entende isso, ou não?
Ps- Ah... tou virando uma espécie de sacerdotisa... dessas que só tem lado sagrado... Mas urge em mim o lado profano... Argh!
Salvador, 20/04/11 23 h 12
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