Voláteis
Esparsos
Fluidos
Instantâneos...
Talvez de sólidos
Derretamos
E viremos líquido...
Nada mais parece real
Nessa avalanche mórbida do ter
Do consumir
Do pagar pra ver
E do constante desconstruir...
As famílias são gasosas
Meramente ausentes
As mídias são presentes
Frívolas e quentes...
O individual acima do coletivo
E a desumanização, nessa transição
Do antigo para o pós-moderno...
São guerras, são chaves de acesso
Para um mundo cada vez mais expresso
Impresso, nos dígitos e cifras fundamentais...
Onde não somos quem realmente somos
Mas o que representamos
Numa sociedade taxativa, exclusiva
Que impulsiona e potencializa nosso desejo estranho
De sermos relativizados ao que compramos
Ao que adquirimos
E ao que supomos que ganhamos
Deixando a consciência para trás...
Imersa numa nuvem que se precipita
Dentro da nossa vontade de ter mais...
Salvador, 12/03/12 18:00h
Precisava escrever um texto discutir na próxima aula de EDC A 33, Educação, Comunicação e Tecnologias, ministrada pela Profª Bonilla. Mas eu não consegui inspiração pra texto hoje... Paciência...
E você precisa ouvir Fake Plastic Trees...
Na versão cover...
Inspirado em:
Bauman, Zygmunt. Modernidade líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
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