
Mesmo a vida repleta de sonhos
Lugares e esperanças
Sinto que minha emoção dança
Num passo sem ritmo
Num espaço sem lastro
Em que corro na estrada com os pés descalços
Em que piso nas pedras que me ferem
Em que nasço e morro, me refaço
Mas em que me perco em desalinho e descontentamento...
Eu não sei lidar com tudo isso novamente
Eu não quero a dor de fugir de mim mesma e ficar ausente...
Estou admitindo minha impotência frente ao que pode ser uma fase apenas
Ou uma frase que me repugna e me condena
Usar da poesia pra descrever a dor sempre foi patente
Difícil é admitir essa fraqueza latente...
Não sou perfeita e cometo erros simplesmente
Não me culpo pois não posso voltar atrás no tempo...
Nem jogar pra cima a predisposição que lamento
Eu não sou árvore de pés presos ao chão
Eu sou folha que volita ao sabor do vento...
Quro muito estar inteira, completa e presente...
Mas só a gente sabe das perdas que temos
E dos ganhos que deixamos de ter
E dos risos e dores que fazem parte da gente...
E acaso essa dor faz sentido?
Não, está no limite do infindável
Nada a justifica nesse momento...
E eu preciso de uma força externa, um alento
Pra enterrar esse sentimendo nas dobras do tempo...
Salvador, 19/10/11 11:39 min
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