
Sua atenção é um fermento
Que me aumenta a fina massa
Uma corda que me amordaça
A uma sincera e profunda invasão
De sentimentos expressos
Contínuos e disperos
Em meio a tanta solidão
Porque a ti confesso
Sem medo de julgamento
Eu me sinto folha solta ao vento
Eu me sinto barco à deriva
Eu me sinto ilha privativa
Sem mapa e sem invasor
Sem latitudes conhecidas
À espera de um desbravador...
E se você disser "não pare"
E se você deixar acontecer
Vou pedir que me ocupe todos os espaços
Que me contenha em seus braços
E me permita mergulhar no teu ser...
E te alerto, caso eu me perca
Em sua complexidade de esfinge
Que nunca me relegue à realidade
Que nos sufoca e restringe
A seres praticamente iguais
Que entenda que é esse o meu processo
Te abro meu universo
E não te conduzo pela mão...
Porque nem tudo que nasce é perfeito
Nem tudo que cresce é direito
Nem tudo que tenho controlo
(Nem sei se quero controlar)...
Eu quero mesmo é me jogar
Lá do alto das tuas colinas
Sem minhas asas prontas ainda
E mesmo assim voar...
Em sua frente pousar
Sem o chão tocar
Flutuar
Te olhar, te comtemplar
E esperar saber o que fazer...
Salvador, 22/02/11 11h 28 min
Nenhum comentário:
Postar um comentário