
Meu corpo é um templo
Secreto, sublime, sagrado
Com muitos espaços ocultos
E muitos nichos ocupados...
Nele penetraram peregrinos
Ávidos, lépidos e rápidos
Se perdendo em labirintos
Conscientemente traçados...
Sairam após uns dias
Sem deixarem marcas visíveis
Ou foram expulsos sem remorso
Posto que suas presenças eram tardias
E completamente dispensáveis
Sequer lembro deles
De certa forma eram insensíveis...
Agora elevo meu templo
A uma condição perene
Admito sensações imunes
Aos códigos do sentimento
Sou eu no comando do meu altar
Sou eu buscando um sacedorte para celebrar
As minhas delicadas emoções
A despeito das antigas ilusões
Quimeras e insensatas paixões
Para as quais sequer quero olhar...
Porque transmuto meu corpo num templo
Secular, peculiar e intenso
Vedado aos curiosos, que apenas gastam seu tempo
Em busca de conquistas, sem nenhum envolvimento...
Agora estou num plano diferente
Num eixo invertido
Onde retiro os véus da sombra
E me liberto do exílio
Abro as portas do meu templo
Para as luzes que me conduzirão ao infinito
Salvador, 11.11.10 11h 52 min
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