
O meu verso, antes nu, cru e complexo
Era tão simples, urbano, convexo
No início com você
E foi se tornando intenso
E eu fui deixando crescer
Eu corri mesmo todos os riscos
Não tenho do que me arrepender
O universo pra mim é um vazio
E eu tão prestes a explodir
Num Big bang... num ir e vir
Para onde todos os pontos convergem
Para onde a evolução nos empurra
Uns diram "ela é louca"
E outros "ela é burra"
Mas quem não padece de desilusão
Quem não chora de emoção
Quem não morre de saudade
E quem não mete os pés pelas mãos
Não viveu de verdade
Não descobriu a realidade
Não mereceu sentir paixão...
Afora os dias passando
Numa lentidão mortífera
Afora as coisas acontecendo
E até mesmo nascendo,
Sem você estar sabendo
Sem você estar presente
Mais e mais, dentro de mimEstá tudo sob um fiel controle
Uma balança de pratos
Que desequilibra de fato
E ela pesa mais pra mim...
Salvador, 31.07.10 16h 05 min
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