DO CAOS A APPLE: O CONHECIMENTO NÃO É MAIS PECADO
Para estas interrogações: "Revolução e mídias sociais? Quem faz a revolução? Sujeitos ou ferramentas? Guerrilhas cibernéticas?" (LEMOS, 2017) novos questionamentos surgem.
Não é uma questão de ferramenta apenas, no entanto sem elas, como os sujeitos criaram todos os novos arranjos sócio-interativos?
Mas e esses sujeitos, caso a internet acabasse hoje, como ficariam? É possível viver sem as comodidades e possibilidades de interação, compartilhamento e reconfiguração em que mergulhamos?
E é possível que um dia, quando não mais estejamos lutando por dinheiro e poder, irmanados pelo conhecimento, possamos realmente promover uma grande revolução. Afinal, com todos os avanços, não desapegamos das necessidades egóicas que nos fazem romper com nossa natureza sutil. Tudo nos separa: classes sociais, religião, localização geográfica, etnias, gênero, cultura, política, saberes, ideologias... Mas hoje temos algo que pode nos congregar quase que instantaneamente. Quebrando todas as barreiras que construímos ao longo dos séculos. Será que estamos preparados para essa transição e transformação? E isso interessa?
Não quero provar nada pra ninguém, pois certezas e verdades nunca foram o meu forte. Mas existe uma intencionalidade. Pois o objetivo sempre foi contribuir para o conhecimento e não apenas trazer ou replicar mais informação. Já que:
A informação é cumulativa e o conhecimento é seletivo. Há pessoas que dizem que navegam na internet e não é verdade. Uma parte não navega, uma parte naufraga. Porque pra você navegar você tem que ter clareza para onde você vai. [...] E há muita gente que é soterrada por muita informação de muitas fontes mas não as seleciona. [...] Conhecimento é inesquecível. Eu nunca fiz prova sem consulta. [...] Eu jamais perguntaria numa avaliação o que estava escrito no livro. Se já tava escrito, o que me importava que eu alguém dissesse o que já estava escrito? O que eu perguntava era a conexão daquilo com a vida da pessoa. E aí é claro que ela podia consultar o outro. O conhecimento e a ciência se produzem coletivamente. (CORTELLA, 2017)
Não é uma questão de ferramenta apenas, no entanto sem elas, como os sujeitos criaram todos os novos arranjos sócio-interativos?
E é possível que um dia, quando não mais estejamos lutando por dinheiro e poder, irmanados pelo conhecimento, possamos realmente promover uma grande revolução. Afinal, com todos os avanços, não desapegamos das necessidades egóicas que nos fazem romper com nossa natureza sutil. Tudo nos separa: classes sociais, religião, localização geográfica, etnias, gênero, cultura, política, saberes, ideologias... Mas hoje temos algo que pode nos congregar quase que instantaneamente. Quebrando todas as barreiras que construímos ao longo dos séculos. Será que estamos preparados para essa transição e transformação? E isso interessa?
Não quero provar nada pra ninguém, pois certezas e verdades nunca foram o meu forte. Mas existe uma intencionalidade. Pois o objetivo sempre foi contribuir para o conhecimento e não apenas trazer ou replicar mais informação. Já que:
A informação é cumulativa e o conhecimento é seletivo. Há pessoas que dizem que navegam na internet e não é verdade. Uma parte não navega, uma parte naufraga. Porque pra você navegar você tem que ter clareza para onde você vai. [...] E há muita gente que é soterrada por muita informação de muitas fontes mas não as seleciona. [...] Conhecimento é inesquecível. Eu nunca fiz prova sem consulta. [...] Eu jamais perguntaria numa avaliação o que estava escrito no livro. Se já tava escrito, o que me importava que eu alguém dissesse o que já estava escrito? O que eu perguntava era a conexão daquilo com a vida da pessoa. E aí é claro que ela podia consultar o outro. O conhecimento e a ciência se produzem coletivamente. (CORTELLA, 2017)
Agora que saímos da caverna de Platão, entramos nela "para sempre forever " novamente? Será que agora estamos na complexidade que interpenetra o mundo sensível e o mundo inteligível ao mesmo tempo, sem fissuras?
As coletividades cognitivas se auto-organizam, se mantém e se transformam através do envolvimento permanente dos indivíduos que as compõem. Mas estas coletividades não são constituídas apenas por seres humanos. Nós vimos que as técnicas de comunicação e de processamento das representações também desempenham, nelas, um papel igualmente essencial. É preciso ainda ampliar as coletividades cognitivas às outras técnicas, e mesmo a todos os elementos do universo físico que as ações humanas implicam”. (LEVY, 1995, p.144)
Discutirei ecossistemas cognitivos apropriadamente depois e me predisponho a explorar os tipos de relações no âmbito dos nichos e fazendo o contraponto entre os fatores bióticos (nós) e os abióticos (ferramentas, internet, etc). Só estou estudando cibercultura há poucos meses e não dá pra aprofundar ainda. Mas esse "espalhamento" de coisas aqui no blog me ajuda a organizar o pensamento. Porque convenhamos que é muita informação! Se eu só lesse Levy, já teria muita bala pra disparar. Mas o objetivo não só esse.
Eu acredito na "educação permanente", na atualização do conhecimento, na "alegria de aprender" e na "neocultura", pois:
Nul doute qiue dans l/histoire de Ia formation Ia période ou Pinstruction était concentrée sur Ia jeunesise será consideirée comme 'paléoculturelle'. L'ère de Ia 'néoculture' commence à partir du
moment ou toutes les formes. d'instiuiction et de culture peuvent être dispensées à tous les hommes et à tous les ages. ARAMAND, apud ROCHA, 2017, p. 46)
A presente geração é sem dúvida vítima da carência de ajustamento das concepções de educação, o que leva muitos dos alunos a perder, ou mesmo a nunca adquirir, a alegria de aprender. [...] Assim, como consequência do progresso científico e tecnológico, processam-se, a ritmo acelerado, transformações sociais, económicas, políticas, culturais e morais que exigem um constante ajustamento de coneqpções e de atitudes, o qual se realizará tanto mais facilmente quanto mais amadurecida for a compreensão que o indivíduo tiver de si mesmo e do Mundo que o rodeia. Se sempre foi reconhecido que só ao longo de toda a vida será possível a apropriação de uma sólida formação geral, as condições da sociedade moderna impõem que se vá além e se institua a educação permanente com carácter sistemático. (ROCHA, 2017, p. 47)
Que bom que Julio Plaza (2017, p. 40) me compreende, já que : "A apropriação pelo artista de esquemas representacionais de cunho científico constitui-se num recurso lícito e necessário, de caráter intertextual, que, transposto para uma nova ordem (mesmo que seja desordem), servirá ao artista para pensar e elaborar as suas idéias e/ou modelos mentais." Isto porque o próprio pensamento já é "intersemiótico", ou seja, o verbal e o não-verbal interagem nele. Estes aspectos servem para demonstrar a "capacidade tradutora do cérebro humano em relação ao tema que nos ocupa, ou seja, a colaboração entre o sensível e o inteligível. Estas capacidades interpenetram-se e traduzem- se para detonar a criação, o pensamento interior."
Por outro lado, há inúmeros signos icônicos e diagramáticos que contem traços pan-semióticos e que agem como verdadeiros princípios ordenadores espaciais e temporais que, como a Secção Áurea ou mesmo a série de Fibonacci (entre outros), foram usados em todas as artes: arquitetura, cinema, pintura, cerâmica, música, escultura, gráfica, fotografia, instalação etc... [...] Isto, porque o artista é sensível às aparências da representação científica, que é o lugar onde se instala a dimensão estética da ciência. Assim como existe na ciência uma estética do simples (os retângulos áureos de Gustav Fechner, por ex.), existe também uma estética do complexo (as metáforas entre um chip e diagramas utilizados nas diversas culturas que sugerem a relação analógica e metafórica que procura assimilar o menos ao mais familiar, o desconhecido ao conhecido), como íntima conexão entre imagens visuais e poéticas e o pensamento sensível e produtivo de outro. (PLAZA, 2017, p. 42)
Então vamos especular mais um pouco, já que o conhecimento, classificado em empírico, filosófico, religioso e científico realizam cruzamentos "intertextuais" entre a ciência e a arte. Não posso seguir um fluxo só, mas correlacionar diferentes aspectos. Aqui o eixo da discussão é o conhecimento, mas contextualizado na prática e na sociedade, daí a necessidade trazer um pouco de empirismo.
Eu acredito na "educação permanente", na atualização do conhecimento, na "alegria de aprender" e na "neocultura", pois:
Nul doute qiue dans l/histoire de Ia formation Ia période ou Pinstruction était concentrée sur Ia jeunesise será consideirée comme 'paléoculturelle'. L'ère de Ia 'néoculture' commence à partir du
moment ou toutes les formes. d'instiuiction et de culture peuvent être dispensées à tous les hommes et à tous les ages. ARAMAND, apud ROCHA, 2017, p. 46)
A presente geração é sem dúvida vítima da carência de ajustamento das concepções de educação, o que leva muitos dos alunos a perder, ou mesmo a nunca adquirir, a alegria de aprender. [...] Assim, como consequência do progresso científico e tecnológico, processam-se, a ritmo acelerado, transformações sociais, económicas, políticas, culturais e morais que exigem um constante ajustamento de coneqpções e de atitudes, o qual se realizará tanto mais facilmente quanto mais amadurecida for a compreensão que o indivíduo tiver de si mesmo e do Mundo que o rodeia. Se sempre foi reconhecido que só ao longo de toda a vida será possível a apropriação de uma sólida formação geral, as condições da sociedade moderna impõem que se vá além e se institua a educação permanente com carácter sistemático. (ROCHA, 2017, p. 47)
Que bom que Julio Plaza (2017, p. 40) me compreende, já que : "A apropriação pelo artista de esquemas representacionais de cunho científico constitui-se num recurso lícito e necessário, de caráter intertextual, que, transposto para uma nova ordem (mesmo que seja desordem), servirá ao artista para pensar e elaborar as suas idéias e/ou modelos mentais." Isto porque o próprio pensamento já é "intersemiótico", ou seja, o verbal e o não-verbal interagem nele. Estes aspectos servem para demonstrar a "capacidade tradutora do cérebro humano em relação ao tema que nos ocupa, ou seja, a colaboração entre o sensível e o inteligível. Estas capacidades interpenetram-se e traduzem- se para detonar a criação, o pensamento interior."
Por outro lado, há inúmeros signos icônicos e diagramáticos que contem traços pan-semióticos e que agem como verdadeiros princípios ordenadores espaciais e temporais que, como a Secção Áurea ou mesmo a série de Fibonacci (entre outros), foram usados em todas as artes: arquitetura, cinema, pintura, cerâmica, música, escultura, gráfica, fotografia, instalação etc... [...] Isto, porque o artista é sensível às aparências da representação científica, que é o lugar onde se instala a dimensão estética da ciência. Assim como existe na ciência uma estética do simples (os retângulos áureos de Gustav Fechner, por ex.), existe também uma estética do complexo (as metáforas entre um chip e diagramas utilizados nas diversas culturas que sugerem a relação analógica e metafórica que procura assimilar o menos ao mais familiar, o desconhecido ao conhecido), como íntima conexão entre imagens visuais e poéticas e o pensamento sensível e produtivo de outro. (PLAZA, 2017, p. 42)
Então vamos especular mais um pouco, já que o conhecimento, classificado em empírico, filosófico, religioso e científico realizam cruzamentos "intertextuais" entre a ciência e a arte. Não posso seguir um fluxo só, mas correlacionar diferentes aspectos. Aqui o eixo da discussão é o conhecimento, mas contextualizado na prática e na sociedade, daí a necessidade trazer um pouco de empirismo.
Nosso planeta tem cerca de 7,6 bilhões de pessoas, sendo que o Facebook, se fosse um país, seria somente o mais populoso do mundo, seguido pela China e a Índia. A China inclusive tem seu Reren e toda uma gama de xing ling midiático! Quem cria copia, eu diria!
E em Cuba? Como se dá a relação com o conhecimento e a internet? Bom, lá não se bloqueia tudo como se possa imaginar, em compensação, a internet é mega-lenta e um cartão para conexão é muito extorsivo para o salário que as pessoas recebem. Então, as limitações e controles nem sempre são exercidas de forma direta, mesmo em regimes totalitários... E pensar que a uma revolução com base nos pressupostos marxistas-leninistas puseram Fidel lá, para sair só depois de morto e passar sua capitania hereditária para o irmão. Pobre Cuba de gente letrada e boa saúde, porém privada da mais importante premissa do cidadão: a liberdade! Será que a internet quando melhorar por lá promoverá uma nova revolução? Vamos esperar pra ver porque a Google já está na área para prover a velocidade!
Mas quais são as características de uma revolução e desde quando ela acontece na história da humanidade? Remonta ao Caos e a Gênese e esbarram em nós com a cultura digital? Vamos ver:
A primeira revolução humana, admitindo Deus, a criação e a Bíblia, seria a expulsão do Jardim do Éden por uma espécie de desobediência civil. O paraíso era perfeito, lindo, maravilhoso, mas lá havia uma árvore, bem no centro, com lindos frutos que não deveria ser tocada. E havia também a tentação, então podemos supor que o "mundo" nunca foi livre da maldade e das diferenças, já que Eva já nasce como "apêndice " de Adão.
E o que dizer de pessoas inocentes convivendo com um ser que os tentou? Por si só já é bem cruel, não é? Mas quem criou a discórdia? Na mitologia grega, seria a personificação de Éris e no catolicismo, vocês sabem quem.
E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Gênesis 2:9
Fig. 1 - Deuses e livros sagrados. By Carlos Ruas.
As metáforas e os mitos dão muita margem a interpretação. Vamos explorá-las! Aliás, vamos brincar com elas, porque a seriedade das coisas não me atrai todos os dias.
Por que as mulheres vivem um regime onde a igualdade de direitos ainda não é plena? Isso tem a ver com dominação, poder, política e a base de tudo que estruturou o pensamento da história antiga: a religião.
Fig. 2 - O "criador" da Apple. By Bill Watterson
Existe maçã no texto bíblico? Nada! Quem criou uma das maças atuais, a Apple foi o Steve Jobs e seus colegas!!! Deus criou a baleia no quinto dia, daí elas serem tão inteligentes. Aí vem alguém e cria a Baleia Azul... Existe uma certa concorrência entre as pessoas que criam, sabe? E foram criados no Brasil a Baleia Rosa e a Capivara Amarela, justamente para combater o terrível jogo de suicídio!
O conhecimento é algo realmente muito "perigoso" e em plena era da inteligência cognitiva coletiva, ninguém mais conseguiria nos controlar. Quer dizer, a Google ainda pode, dentre outras mega-empresas.
Mas ainda surgirá algo maior, mais forte e mais abrangente? Certamente. Aguardem!Lembremos que os simoníacos estão em toda parte e os robôs inteligentes estão cada vez mais próximos de nós!
E quem sabe ainda possamos ser finalmente contactados com alguma inteligência extra-terrestre! Absurdo? Só porque a ciência não provou ainda!? Pois é meu caro, já tivemos a época da terra plana e do sol girando ao nosso redor. Se Galileu não fosse quem foi... Enfim, cada época tem seu Giordano Bruno, seus paradigmas e sua fogueira particular. Ok, tou meio Nostradamus, não podemos esquecer que escrevo ficção científica, portanto, deixemos as profecias se aproximarem também. Por que não?
Mas, numa situação em que a ciência está à procura de novos modelos de interpretação da complexidade universal regida pelo "princípio de indeterminação" (Heisemberg), numa situação, onde tanto a filosofia quanto a própria arte estão em crise, é porque os modelos de representação e determinação do conhecimento e sensibilidade não são mais adequados. De fato, como os fenômenos para os cientistas ou são complexos demais, ou estão fora do alcance dos instrumentos e tecnologias, não podem ser codificados. Parece que é aqui que a sistematicidade harmoniosa e teleonômica da omniciência clássica (o paradigma newtoniano que procura as regras imutáveis do universo - Prigogine, 1979) entra em entropia, abrindo-se caminho para a ambigüidade, o caos, a desordem, a indeterminação, a confusão e também para a interpretação estética. (PLAZA, 2017, p. 40)
E quem sabe ainda possamos ser finalmente contactados com alguma inteligência extra-terrestre! Absurdo? Só porque a ciência não provou ainda!? Pois é meu caro, já tivemos a época da terra plana e do sol girando ao nosso redor. Se Galileu não fosse quem foi... Enfim, cada época tem seu Giordano Bruno, seus paradigmas e sua fogueira particular. Ok, tou meio Nostradamus, não podemos esquecer que escrevo ficção científica, portanto, deixemos as profecias se aproximarem também. Por que não?
Mas, numa situação em que a ciência está à procura de novos modelos de interpretação da complexidade universal regida pelo "princípio de indeterminação" (Heisemberg), numa situação, onde tanto a filosofia quanto a própria arte estão em crise, é porque os modelos de representação e determinação do conhecimento e sensibilidade não são mais adequados. De fato, como os fenômenos para os cientistas ou são complexos demais, ou estão fora do alcance dos instrumentos e tecnologias, não podem ser codificados. Parece que é aqui que a sistematicidade harmoniosa e teleonômica da omniciência clássica (o paradigma newtoniano que procura as regras imutáveis do universo - Prigogine, 1979) entra em entropia, abrindo-se caminho para a ambigüidade, o caos, a desordem, a indeterminação, a confusão e também para a interpretação estética. (PLAZA, 2017, p. 40)
Não pense que andei vendo muito Black Mirror entre outras coisas que realmente li, ouvi e vi. Não se trata nunca disso. Talvez eu seja panpsiquista e acredite no anima mundi e também no unus mundus, formulando que a internet nos proporciona essa conexão defendida desde Platão a Jung. Talvez eu pratique hipnopedia de vem quando também!
Talvez eu esteja tendo uma concepção diferente e acredite fortemente que a educação de adultos se dá de forma diferente e rejeite as caixas em que se armazenam o conhecimento e as misture todas para produzir um "complexo vitamínico" do conhecimento.
E á claro que sinto uma " simbiose entre o abstrato e o concreto" permitindo que as "facetas científicas, profissionais, humanas, sociais" e tecnológicas sejam a base para uma aprendizagem significativa, que "exige instrutores muito dotados e bem preparados." (ROCHA, 2017, p. 55)
Quando se deseja comer da árvore do conhecimento, a saciedade nem sempre vem! Mas que bom que isso não é mais considerado pecado. Aliás, não acredito mais em pecado. Nem em inferno... Dentre outras coisas. Analise a tirinha abaixo. Qual a subliminar?
Talvez eu esteja tendo uma concepção diferente e acredite fortemente que a educação de adultos se dá de forma diferente e rejeite as caixas em que se armazenam o conhecimento e as misture todas para produzir um "complexo vitamínico" do conhecimento.
E á claro que sinto uma " simbiose entre o abstrato e o concreto" permitindo que as "facetas científicas, profissionais, humanas, sociais" e tecnológicas sejam a base para uma aprendizagem significativa, que "exige instrutores muito dotados e bem preparados." (ROCHA, 2017, p. 55)
Quando se deseja comer da árvore do conhecimento, a saciedade nem sempre vem! Mas que bom que isso não é mais considerado pecado. Aliás, não acredito mais em pecado. Nem em inferno... Dentre outras coisas. Analise a tirinha abaixo. Qual a subliminar?
Fig. 3 - Fruto proibido 9 - By Carlos Ruas.
Pensando bem, e saindo da abstração para a realidade brasieleira, sabemos que a religião não da conta de tudo! No entanto, em se considerando o Congresso, um grupo religioso está presente em uma bancada inteira no Congresso, possui canais midíaticos próprios, move somas sólidas e estende seus tentáculos em várias direções. Tanta preocupação com o céu e não deixa de fazer logo a colheita por aqui, não é?
E são muitas as religiões e seus seguidores. Para algumas coisas, fãs são mais "fiéis" que "crentes".
E são muitas as religiões e seus seguidores. Para algumas coisas, fãs são mais "fiéis" que "crentes".
Fig. 4 - Selfie dos heróis. By Pedro Leite.
E a fé cega leva a mais problemas, para além do conhecimento! Lembremos também que os movimentos terroristas estão presentes em muitas religiões e não só de Al-Qaeda, Boko Haran, Estado Islâmico, Talibã, ETA, FARC e Ira vive o nosso mundinho pós-moderno.
Novos deuses surgiram... Criando universos próprios e nos fazendo entrar nos seus mundos de tal forma, que não queremos deixar esses paraísos artificiais. Eu mesma sou fã do Universo Marvel e DC Comics. Recomendo verem a Mulher Maravilha! Tá massa! Para além de tudo isso, fica a questão: Eram os deuses astronautas?
Fim dos tempos? Desde sempre esse tema nos incomoda. Motivou Bosch a traduzir tudo isso em imagem e levou Alighieri a penetrar seus nove círculos. Cada um na sua genialidade.Novos deuses surgiram... Criando universos próprios e nos fazendo entrar nos seus mundos de tal forma, que não queremos deixar esses paraísos artificiais. Eu mesma sou fã do Universo Marvel e DC Comics. Recomendo verem a Mulher Maravilha! Tá massa! Para além de tudo isso, fica a questão: Eram os deuses astronautas?
Fig. 5 - O Jardim das delícias terrenas By Bosch. (1504)
A inteligência coletiva cognitiva vai requerer toda uma educação e novas aptidões e competências. Não digo que será o paraíso na Terra ou o fim da diferença entre ricos e pobres, mas faremos progressos definitivos, como já aconteceu em outras eras na história da humanidade. (LEVY, 2015)
Podemos considerar a revolução tecnológica uma das mais significativas por seu potencial de agregação, inclusão e participação. Isso pressupõe democracia, mesmo que guardadas as reais proporções, saibamos que isso é uma utopia.
Então, se o simples bater de asas de uma borboleta pode mudar a natureza e causar impactos do outro lado do mundo, o que dizer da internet e dos sujeitos ímpares que a utilizam, somando-se, multiplicando- se e dividindo-se? Numa palavra, podemos falar de uma certa onipresença.
Mas depois de pensar tudo isso, eu quero ir pro panteão e também criar um novo termo, tentando aprofundá-lo oportunamente. Vivemos a era de uma "polipresença" singular e plural, estando em vários lugares ao mesmo tempo por meio dos objetos que medeiam nossa corporiedade e limitações físicas. Mas também, não deixa de ser uma mimesis, pois não somos exatamente iguais em todos os contextos. E existe coisa mais poderosa do que sermos diferentes e miméticos com autorização dos nossos pares e da nossa sociedade? Como uma espécie de mimeopresença ou mimeopersona. É isso! A maior revolução de todas é a do nosso comportamento frente a tecnologia. Um caminho sem volta!!
19.07.17 06:24h
PS - Esse texto é para todos os tipos de leitores. Recomendo que não deixe de "ler" as imagens e refletir sobre elas. Se conseguir compreender os vídeos, melhor ainda. O texto é só um dos aspectos.
Mas é um hipertexto! Você não consegue acompanhar tudo que está na subliminar sem ver o todo, consegue? Pois então! Não deixe de ver a bibliografia também. Retalhos dos autores nessa costura aí também não fazem sentido sozinhos! Isso é um estilo "transmídia"? Ainda não. Mas certamente que é um estilo.
Por outro lado, há inúmeros signos icônicos e diagramáticos que contem traços pan-semióticos e que agem como verdadeiros princípios ordenadores espaciais e temporais que, como a Secção Áurea ou mesmo a série de Fibonacci (entre outros), foram usados em todas as artes: arquitetura, cinema, pintura, cerâmica, música, escultura, gráfica, fotografia, instalação etc.. A apropriação pelo artista de esquemas representacionais de cunho científico constitui-se num recurso lícito e necessário, de caráter intertextual, que, transposto para uma nova ordem (mesmo que seja desordem), servirá ao artista para pensar e elaborar as suas idéias e/ou modelos mentais.
Por outro lado, há inúmeros signos icônicos e diagramáticos que contem traços pan-semióticos e que agem como verdadeiros princípios ordenadores espaciais e temporais que, como a Secção Áurea ou mesmo a série de Fibonacci (entre outros), foram usados em todas as artes: arquitetura, cinema, pintura, cerâmica, música, escultura, gráfica, fotografia, instalação etc.. A apropriação pelo artista de esquemas representacionais de cunho científico constitui-se num recurso lícito e necessário, de caráter intertextual, que, transposto para uma nova ordem (mesmo que seja desordem), servirá ao artista para pensar e elaborar as suas idéias e/ou modelos mentais.
E se ninguém te contou, eu não quero induzir você a uma conclusão e muito menos oferecer uma resolução das coisas abordadas. Se ao menos uma interrogação surgir aí na sua cabeça, pronto, atingi meu objetivo.
Também quero que a fundamentação seja baseada em vários tipos de referências e não apenas em textos acadêmicos. Daí a recorrência a fatos históricos, movimentos, vídeos, reportagens, tirinhas.. . ARTE! E "a arte não se doa ao mundo como informação semântica, mas como informação estética." (PLAZA, 1998, p. 40
Também quero que a fundamentação seja baseada em vários tipos de referências e não apenas em textos acadêmicos. Daí a recorrência a fatos históricos, movimentos, vídeos, reportagens, tirinhas.. . ARTE! E "a arte não se doa ao mundo como informação semântica, mas como informação estética." (PLAZA, 1998, p. 40
Mas como eu agora (20.07) resolvi explorar didaticamente este post, vamos lá! Avaliação da aprendizagem pra conferir se você aprendeu com isto aqui. Em parênteses estão algumas das disciplinas em que a pergunta se insere.
Exercícios
Antes de ler o texto, aproprie-se das tirinhas. Leia todas e a partir delas descreva quais os temas abordados e o que você sabe sobre eles. (Língua Portuguesa, Semiótica)
1. O que você entende por revolução? Cite as que você conhece e o que as motivou, em que época aconteceram, como foram difundidas entre a população e quais seus líderes e suas ideologias. (História, Sociologia)
2. Em a República de Platão, temos o seguinte diálogo: (Filosofia, Linguagem, Comunicação)
"Sócrates — Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?
Glauco — É bem possível.
Sócrates — E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?
Glauco — Sim, por Zeus!
Sócrates — Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados? "
A partir da leitura do texto acima e após assistir o vídeo linkado, estabeleça relação com entre a alegoria da caverna e afirmação de Levy em que: "Nós vimos que as técnicas de comunicação e de processamento das representações também desempenham, nelas, um papel igualmente essencial."
3. Analise a seguinte premissa: "Nosso planeta tem cerca de 7,6 bilhões de pessoas, sendo que o Facebook, se fosse um país, seria somente o mais populoso do mundo, seguido pela China e a Índia." (Cibercultura, História, Geografia, Sociologia)
Quais sãos as características de um país que podem ser também encontradas na rede social Facebook? Elabore uma resposta dissertativa citando quem seriam os líderes, origem da população, que línguas seriam faladas, que tipo de cultura existiria, moeda, regime de poder, densidade demográfica, dentre outros elementos. (Cibercultura, História, Geografia, Sociologia)
4. Analise a tirinha 1, "Deuses e mitos sagrados" e concorde ou discorde na afirmação de que um livro sagrado comprova a existência de um deus. Existe um único deus para você? Por que? (Teologia, Filosofia, Sociologia, Linguagem)
5. Na tirinha 3 , "Fruto proibido", são retratados 5 figuras ilustres do conheciemento em diversas áreas e que comeram a maçã. Você é capaz de reconhecer quem são e quais suas teorias? Qual sua opinião sobre a tirinha?
6. Comente o uso das redes sociais a partir da tirinha 4, a "selfie dos heróis". (Cibercultura)
7. O que esse texto diz sobre o conhecimento? Sublinhe os parágrafos que abordam essa temática e construa seu entendimento do que é conhecimento. (Epistemologia)
8. Realize uma crítica aos temas que você achou polêmicos no texto. Pesquise na internet os termos desconhecidos ou pouco familiares para você. (Linguagem)
9. O que você pensa sobre os regime socialista de Cuba e da China? (Sociologia, Política, História) O que pensa sobre eles?
10.O termo "guerrilhas cibernéticas" foi explorado no texto? Como você contribuiria para o conhecimento para este tema? (Cibercultura)
11.Analise a imagem de Bosch (figura 5) e após ver os 3 vídeos e 2 textos linkados, descreva que sensações lhe trouxeram. A que escola pictórica ela pertence e qual sua mensagem? O que o rei Felipe II buscava? Qual a diferença entre Renascimento e Classicismo? Organize esses elementos e disserte sobre o papel da religião e da arte no conhecimento. (História da arte, Semiótica, Teologia, Filosofia, Epistemologia)
12.Para você, qual a maior revolução que já existiu ou existe? Por que?
13.Elabore uma questão e a responda com base no texto.
Pronto, feita essa avaliação transdisciplinar, estamos prontos para discutir o que foi possível aprender com o texto , realizar uma auto-avaliação e fazer novas conexões.
REFERÊNCIAS
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. tradução. Carlos Irineu da Costa, 2º ed., Editora 34, Rio de
Janeiro, 1995.
Janeiro, 1995.
PLAZA, J. Arte/Ciência: uma consciência. Disponível em: Acesso em: 20 jul. 2017.